. Opinião e Artigos Política

Lúcia Rocha quer a Prefeitura de Vitória da Conquista

Por Paulo Nunes

 

Perguntaram ao jornalista Roberto Marinho, porque ele fazia tanto sucesso com seu jornal, O Globo. Ele disse o seguinte a quem o interpelou: “o jornal é bom pelo que ele não dá”. Sendo assim, a política também, como já dizia um grande amigo meu, que agora acha que não deve ser mais, e me disse um dia (esse eu vou preservar o nome). Paulo Nunes a política só tem graça se tiver traição. E isso eu acredito que tem uma certa razão, e vem desde Roma. Não é? Com a história de Brutus, Cassius e César. Não é?  

Bom, mas isso não se aplica o que eu vou dizer agora. A vereadora Lúcia Rocha, que já pertenceu ao PTB, ao Democratas (PFL que é a mesma coisa) e agora está no MDB, sempre foi a vereadora mais votada de Vitória da Conquista nos últimos tempos. Sendo assim, ela tem uma gama de votos, mas não consegue formar um grupo político. Isso eu mesmo já disse a ela. O que Lúcia Rocha faz agora? Ela viaja a Brasília e de lá volta com o MDB dentro da bolsa. O MDB, com todo respeito aos meus amigos do MDB, aquele partido de Vitória da Conquista – e eu não posso mudar a opinião que é um grande partido -, mas não consegue ter uma sede para se reunir. Perguntado uma vez a antiga presidente do partido, se o PMDB tinha endereço, aí ela me respondeu: tem endereço eletrônico. Sendo assim, o que eu quero dizer agora: é preciso se enxergar as laterais. Quando você vê um passo político desse dado por Lúcia Rocha, volta Lúcia Rocha para presidir o MDB e tentar pela primeira vez na sua história política formar um grupo. Lá ela encontra o presidente da Câmara, Luís Carlos Dudé, habilidoso demais na política, e também o Gilmar Ferraz, que já foi vereador em Vitória da Conquista e, infelizmente, derrotado nas últimas eleições, na sua pretensão a ser deputado. Lúcia Rocha pretende ser deputada em Vitória da Conquista e sabe que precisa garimpar muito voto fora de Vitória da Conquista. Encontrou nas asas do MDB um refúgio melhor do que o Democratas. Com isso ela começa a ter atitudes governamentais em Brasília e Salvador para fazer uma concorrência direta com a atual prefeita Sheila Lemos. Sheila Lemos chegou à prefeitura de Vitória da Conquista – embora por uma fatalidade, mas Lúcia entende que Sheila não tem voto. Mas, que ela assim, que foi vereadora várias vezes e candidata a deputada passou dos 20000 votos. Coisa que a atual prefeita não conseguiu. E aí estabelece a disputa naquela ideia de que agora é a vez da mulher. É um mote interessante. Lúcia Rocha pretende ser candidata a deputada, mas está de olho é na prefeitura de Vitória da Conquista e, por isso, tentará fazer um governo paralelo, tentando trazer obras com seus parceiros em Brasília e em Salvador, para que Vitória da Conquista veja o seu nome numa consequência melhor do que aquela política assistencialista que ela sempre fez. E aqui não vai nenhuma crítica minha a esse respeito. Lúcia Rocha tem 68 anos de idade, mas não se sente velha para novas tentativas. E aí, como eu fiz um paralelo com Roberto Marinho, posso dizer que Roberto Marinho, quando assumiu o jornal o Globo e depois fez esse grande conglomerado de rádio, televisão e jornal, tinha 65 anos. É bom prestar atenção que tudo muda, como já dizia um grande filósofo, que vocês vão adivinhar o nome, talvez o grande filósofo da política. Ele disse o seguinte: “nenhum poder é para sempre”. 

 

Ouça o áudio:

Banner Seu Menu (NÃO APAGAR)

banner-seumenu-blitz

manuel-importados