Andar nas ruas, sabendo que o espaço é público é monitorado por câmeras capazes de registrar e identificar automaticamente criminosos, armas, placas de carros e atitudes suspeitas. O que um dia foi ficção científica já levou à prisão mais de 200 suspeitos em Salvador e está sendo ampliado para outros 77 municípios baianos, sendo 39 ainda neste ano. O investimento de cerca de 665 mi de reais foi autorizado pelo governador Rui Costa em solenidade no centro de operações e inteligência da Secretaria de segurança pública em Salvador.
“Com isso nós vamos melhorar, com fé em Deus, muito a segurança pública, fazendo prevenção aos crimes e mesmo onde aqueles crimes eventualmente ocorram e não seja possível a prevenção, nós teremos a materialidade do delito para que aqueles atores possam ser condenados judicialmente. Eu entendo que a impunidade é a ferramenta, é o grande estímulo, a perpetuação do crime ou a repetição sucessiva do crime. E, com essas ferramentas tecnológicas, nós vamos conseguir prevenir muito o crime, e vamos, naquelas outras situações que não for possível a prevenção, vamos ter imagens para comprovar o delito e levar o autor a condenação judicial.”
A tecnologia também vai ajudar a encontrar pessoas desaparecidas, como destaca o Secretário da Segurança Pública, Ricardo Mandarino: “você vai identificar facilmente as pessoas que estão procuradas. E tem uma coisa que o governador falou ali que é muito importante: identificar crianças perdidas, pessoas perdidas. Isso vai ajudar muito a você encontrar pessoas desaparecidas por aí, inocentes.”
As câmeras vão ser instaladas em postes viaturas e também equipamentos levados nas mãos dos policiais, conectadas aos 23 centros de comunicação da SSP. A inovação fica por conta do uso da tecnologia LTE – Transmissão de Áudios Fotos e Vídeos de alta qualidade, em tempo real, como informa ao superintendente de tecnologia da SSP, tenente-coronel, Marcos Oliveira. “Essa tecnologia, ela não é só exclusiva da segurança pública, mas se abrir uma faixa de frequência exclusiva para a segurança pública onde nós estamos trafegando voz dados e imagens. Ou seja, para dar ao policial, na ponta, a informação que ele precisa, sem concorrer com a telefonia comum. A telefonia comum, aí, é também utiliza LTE, mas esse é uma faixa de frequência exclusiva para a segurança pública onde o policial ele tem a mesma funcionalidade que ele tem um celular de uma outra operadora só que ele não concorre com celular particular.”
Com informações da Secom – Bahia, Alexandre Santana.