Por Paulo Nunes
Em Jacobina, os tempos, pelo visto, são da época do Velho Oeste
Grupo que concorria a uma licitação para construção de escolas relatou a deputados federais que, no dia aprazado para apresentar as propostas, foi recebido no espaço destinado pela Prefeitura para a entrega dos documentos por homens armados.
Detalhe: não se tratavam de jagunços dos concorrentes, mas dos próprios licitantes, que verbalizaram literalmente para os representantes da empresa que não aceitariam ninguém concorrendo com eles pelo negócio de quase R$ 4 milhões.
Não houve nem argumento contra a ameaça. Quem pensava em participar da licitação, partiu em desabalada carreira sem olhar para trás, deixando, inclusive, a papelada espalhada pelo chão.
Não se sabe se o certame foi à frente. Mas seria fundamental que o prefeito do PCdoB, Tiago Dias, que foi à posse montado num jegue e abriu mão do salário como forma, segundo ele, de ficar próximo à população pobre, se pronunciasse sobre a denúncia bizarra.
Assim como o Ministério Público estadual. Quem sabe os promotores não convenciam a Operação Faroeste a abrir uma perninha para investigar o que realmente está acontecendo na cidade.
