O sete de setembro em Vitória da Conquista foi marcado pelo colorido da bandeira nacional. Mas a festa foi realizada por evangélicos, que já caminham para transformar em tradição algumas manifestações em datas comemorativas de cunho cívico. Uma multidão percorreu algumas ruas da região central do município até à Praça Vitor Brito (Praça da Bíblia), onde cantaram louvores e fizeram preces a Deus, intercedendo pela cidade e pela nação.
Na concentração, populares que vestiam roupas com as cores da bandeira e em carros decorados manifestavam fervor patriota, tocando o hino nacional, buzinando ou, simplesmente, agitando suas bandeiras se juntaram aos evangélicos. Outros apenas passavam acenando. O evento foi muito bonito, sob o ponto de vista de demonstração de amor à pátria, contando com a presença de famílias inteiras.
Dada a diversidade de pessoas que estiveram presente, quer pela idade, religião etc, por certo, nem todos tinham as mesmas motivações. Mas, dois fatores foram preponderantes para reunir quem estava no evento: a questão religiosa propriamente dita, visto que esses eventos começam a tornar-se tradição; e o fator político, contando com o apoio de lideranças religiosas que foram peças imprescindíveis para o ajuntamento de tantos indivíduos nas ruas das principais cidades do Brasil.
O ponto controverso disso tudo é o apoio total a uma líderança de viés autoritário, e que ataca a própria democracia que o permitiu chegar ao poder, sob o discurso dissimulado de defender a vontade do povo.