. Política

Aumento do IOF vai mexer no seu bolso

A alta do imposto passa a valer nesta segunda-feira. O repórter Henrique Carmo conversou com especialistas em economia e política para explicar os efeitos da medida

Começa a valer nesta segunda-feira as novas alíquotas no imposto sobre operações financeiras, o IOF. O governo federal editou na semana passada um decreto que permite o aumento do imposto até o fim deste ano. O governo afirma que com este reajuste será possível bancar parte do novo programa de distribuição de renda que vai substituir o bolsa família. O economista Roberto Piscitelli destaca quais serão os efeitos na alta do IOF no país.  

 “As consequências são imediatas no encarecimento do crédito para as empresas que dependem de capital de giro para os seus negócios e para os consumidores que estão já muito endividados e enfrentam o problema do aumento de juros, com a elevação da inflação e a queda do nível de renda. É um conjunto de fatores negativos. A medida, assim, a grosso modo, eu consideraria como de caráter inflacionário e recessivo. 

Essa é possivelmente a estratégia deste governo. Numa síntese, eu diria o seguinte: tira-se da classe média, para os pobres; porque não se tem coragem de tirar dos ricos.

Já o cientista político, Valdir Pucci, explica a real intensão do governo com a alta no imposto.  

“Claramente, essa é uma política voltada para as eleições de 2022, ou seja, o presidente que segue em baixa com na sua popularidade, ele tenta é se fortalecer, atingindo o bolsa família, no sentido de aumentar os recursos para as classes mais menos favorecidas da sociedade brasileira. Então, é uma tentativa de reverter um quadro de impopularidade, de aumento de impopularidade.”

Para pessoas físicas, a taxa do IOF passa de três por cento para 4,08 por cento anual. Para as empresas, o imposto passa de um e meio por cento para 2,04 por cento.

Banner Seu Menu (NÃO APAGAR)

banner-seumenu-blitz

manuel-importados