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A “cegueira” para cobrar a taxa de lixo

O povo escuta que tem que pagar, mas quais efetivamente vão ser os serviços prestados em troca dos valores cobrados com a taxa de lixo?

 

Imagem: Card que circula nas redes sociais

Nesta quarta-feira (10), o presidente da Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista, Luis Carlos Dudé, colocou o projeto de criação da taxa de lixo no município em regime de urgência. Isso significa que a sua votação passa a ter prioridade na pauta das sessões. Em miúdos, significa que deve ser votada logo. Dessa forma, a discussão com a sociedade civil organizada, ou seja, com o povo não ocorrerá de maneira adequada. 

É lamentável dizer isso, mas trata-se de uma manobra para facilitar sua aprovação, pois o tema é polêmico. Apesar de ser uma pauta inevitável, porque tanto empenho em dar celeridade ao projeto, uma vez que, de qualquer forma, o custo do serviço será pago com o dinheiro do povo. Pois quaisquer valores que passam pelas contas da prefeitura é dinheiro da coletividade. 

A aprovação quase certa, poderá ocorrer na próxima semana, na próxima sexta-feira (19). E ocorrerá “sem praticamente nenhum debate sobre manejo dos resíduos sólidos, reciclagem, etc. Basicamente institui um novo imposto às pressas”, afirmou certo assessor de um parlamentar. 

A reportagem do Blitz Conquista obteve a informação de que está sendo proposta uma emenda de isenção da cobrança para quem possui até um determinado limite de renda familiar. 

Em um momento como esse, “o povo não tem nem emprego e vem mais um imposto para ser votado (e provavelmente aprovado), às pressas, sem sequer fazer a necessária discussão do verdadeiro objetivo do PL, que é o manejo dos resíduos sólidos”, completou o assessor. 

É mais que óbvio que o a prefeita tem a maioria na Câmara para fazer passar seus projetos, mas cabe ressaltar que fazer tudo às pressas, como temos visto desde o início da gestão anterior, é muito arriscado, porque muitos erros acontecem. E isso a cidade tem experimentado bastante nos últimos anos. 

A iniciativa e disposição de trabalho da prefeita, juntamente com o seu parceiro político Dudé, são admiráveis. Inclusive, porque o perfil de Sheila no trato com as pessoas, correligionários ou não, demonstra ser bem mais leve e fluente. Mas, na democracia, quando as decisões são votadas sem ouvir as bases, a sociedade civil, é porque pode estar ocorrendo uma situação de flerte com o autoritarismo. E isso não combina com o povo desta terra, não importando se os atores estão à direita, à esquerda ou são do tipo que só procuram sombra. 

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