O período de testes do ônibus articulado, popularmente conhecido como ônibus “sanfonado” ou “minhocão”, dá sinais de que falta muito para que o seu uso definitivo se torne uma realidade nas ruas da cidade. Como é possível saber isso, se há tão pouco tempo os dois veículos da categoria, com capacidade para 180 passageiros, entraram em operação? Simplesmente porque, salvo engano, o tipo de veículo já foi testado antes e a ideia não vingou. Também circulam nas redes sociais imagens de um desses veículos atingindo um poste na tentativa de fazer uma manobra, justamente na rua Ciqueira Campos, no cruzamento com a avenida João Pessoa. É certo também que apenas alguns trechos das vias possibilitam um pouco de fluidez no trânsito quando automóveis desse porte trafegam.
Quanto à tão polemizada faixa exclusiva para os ônibus de transporte público na Siqueira Campos, percebe-se que a mudança não foi bem recebida por motoristas, devido ao congestionamento, nem pelos comerciantes da área, que agora contam com cerca de 60 vagas de estacionamento a menos.
Uma coisa é certa. Os gestores municipais não têm do que se queixar, pois têm o controle de todos os elementos necessários para decidir o que fazer para ofertar à população um transporte coletivo digno e com preço adequado à realidade local. Isso pode ser constatado quando se considera que praticamente tudo é controlado pela Administração Municipal: as linhas, os veículos, o controle da receita oriunda do serviço e despesas. Além de não precisar lidar com as questões trabalhistas dos funcionários disponibilizados pelas empresas que alugam os ônibus. E outro fator muitíssimo importante deve ser observado: também não estão contratando as empresas pelo procedimento licitatório mais adequado ao tipo de serviço.
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