Polícia

Jovem sofre tentativa de homicídio por ter sobrancelha raspada

 

Imagem: Pinterest

Neste final de semana, uma ocorrência registrada por policiais militares da 77ª CIPM, no bairro Urbis VI, em Vitória da Conquista, destacou-se entre as notícias policiais. 

Um jovem de 16 anos, foi alvejado com dois tiros em uma festa quando conversava com um amigo. A princípio não houve relato de qualquer fato motivador relacionado ao comportamento ou atitude do jovem durante o evento. 

A vítima relatou aos policiais que o atirador teria se aproximado e questionado o motivo de o jovem estar com a sobrancelha raspada. Em seguida deflagrou quatro disparos. 

Os colegas que estavam com a vítima o colocaram em um veículo e o conduziram até o Hospital Geral de Vitória da Conquista. 

A famosa riscadinha com navalha na sobrancelha tem origem polêmica. Geralmente relacionada à criminalidade, pode ter 3 significados associados ao mundo do crime: um ladrão se identificando ao grupo, um traficante também se identificando ao grupo ou um usuário de drogas.

O que se sabe também é que virou moda e muitos jovens, mesmo sem vínculo com a criminalidade ou drogas, estão usando. Talvez, neste caso, assim como em muitas outras situações, caiba a máxima de César, em que a ideia é: Não basta ser, é preciso parecer.

“A mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”. A frase representou o pensamento de Júlio César, ditador absoluto ou pretor máximo romano, no ano de 63 antes de Cristo.

Um festival exclusivamente para mulheres, promovido por sua esposa Pompéia em sua casa, em homenagem a “Bona Dea”, foi invadido por Públio Clódio Pulcro, que, disfarçado de mulher, parecia tentar seduzi-la. Foi pego e julgado, mas inocentado em decorrência de César não ter apresentado qualquer evidência contra ele. Contudo, César se divorciou, mesmo sem que nada tivesse ocorrido, pois não poderia ter a sua esposa sob qualquer suspeita.

Esse comentário não visa atribuir a culpa sobre episódio à vítima. É certo que nenhum cidadão pode atribuir a si mesmo o direito de matar outra pessoa. Entretanto, o episódio romano faz considerar a possibilidade de reflexão.

FONTE: Ascom – 77ª CIPM. 

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