O crime de fraudes veiculares resulta em múltiplas vítimas e está dividido em três fases distintas: o roubo, a adulteração e a revenda.
Em ação conjunta, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Polícia Militar da Bahia (PMBA) e a Polícia Civil da Bahia, realizaram uma operação, em Teixeira de Freitas, que resultou na apreensão de 13 (treze) caminhões com sinais de identificação adulterados.
O flagrante aconteceu após um longo trabalho de investigação das forças de segurança e além de policiais rodoviários federais, contou também com equipes de policiais militares da CAEMA, 87ª CIPM (Teixeira de Freitas), CIPRv – Itabuna e de policiais civis.
As equipes realizaram diligências com o objetivo de vistoriar uma empresa do ramo de hortifrutigranjeiro que estaria sendo utilizada para a prática delituosa de fraudes veiculares, que adulteram veículos furtados ou roubados e utilizam placas de veículos idênticos e legalizados a fim de passar despercebido por fiscalizações.
Na ocasião, treze caminhões que estavam com os caracteres de identificação adulterados (motor/chassi) foram apreendidos e em alguns deles possuíam registro de furto/roubo e circulavam clonados. Um dos caminhões estava carregado com caixas de cerveja que estava sem nota fiscal.
Todos os veículos e o material apreendido na operação encontram-se à disposição Delegacia de Polícia Civil de Teixeira de Freitas, para continuidade do inquérito policial. Os caminhões passarão por perícia, inclusive, as investigações continuarão para verificar se o local também estaria sendo utilizada como possível desmanche clandestino de veículos.
Clonagem não é um crime tão raro
Na clonagem (cabrito), os criminosos trocam a identificação do veículo e seus documentos para que pareça ser um veículo regular. Neste momento o veículo recebe placas de outro veículo com características semelhantes e o proprietário desse veículo, que se encontra em situação regular, torna-se a segunda vítima dos criminosos pois passa, muitas vezes, a receber multas de trânsito e pontos na carteira (CNH) por infrações relacionadas ao veículo clonado e, em algumas situações o proprietário paga as multas sem ter conhecimento real do cometimento da infração.
Em suas ações, a PRF verifica uma série de modalidades que giram em torno dos crimes relacionados às fraudes veiculares. Essas modalidades vão desde o simples furto/roubo do veículo passando pela utilização de documentos falsos e receptação, o que pode dificultar a identificação do crime e por isso exige uma fiscalização minuciosa por parte dos policiais.
Outra modalidade utilizada é a revenda, alimentada pelo comércio ilegal desses veículos clonados, muitas vezes negociados em sites na internet por valores inferiores ao preço real do veículo. Nesta fase do crime temos a terceira vítima em potencial, o comprador que, inadvertidamente, passa a ter a posse do veículo clonado.
Sistema SINAL
A PRF conta com sistemas que possibilitam identificar se os veículos possui restrições, bem como se a documentação é autêntica. Dentre os sistemas, a PRF dispõe do SINAL que através de informações inseridas pelo próprio cidadão, possibilita o acionamento de equipes de policiais em um raio de 100 quilômetros do local da ocorrência, para auxiliar na recuperação do veículo.
Para isso, o cidadão que tiver seu veículo roubado, furtado, com perda de sinal, em seqüestro ou clonado, poderá fazer um cadastro do referido veículo no portal da PRF através do site www.prf.gov.br/sinal e inserir informações sobre o crime e as características do automóvel.
Polícia Rodoviária Federal