Além de Vitória da Conquista fazem parte da Bacia do Rio Catolé Grande os municípios de Barra do Choça, Caatiba, Itambé, Itapetinga, Planalto  e Nova Canaã. Belo Campo, apesar de não integrar a bacia, se beneficia do abastecimento de água vindo daquele manancial.

O encontro, promovido pelo Inema, foi realizado na Uesb, nesta terça-feira (20) e foi mais uma etapa para alcançar a gestão descentralizada das águas dos rios que compõem a bacia. Participaram, além dos municípios que compõem a bacia, o Inema, o Ministério Público Estadual, representantes da sociedade civil, de órgãos públicos e instituições de ensino, como a própria Uesb.

Ana Cláudia

Segundo a secretária municipal do Meio Ambiente. Ana Cláudia Passos, os comitês de bacia possuem a responsabilidade de decidir sobre importantes pontos na gestão hídrica de uma região, como a elaboração do Plano de Bacia Hidrográfica, a definição de ações para aplicação de recursos, as medidas a serem adotadas para a recuperação das nascentes e preservação do meio ambiente, dentre outras.

“Por isso, essa discussão e a formação do comitê interessam, em especial, a Vitória da Conquista, por ser um grande vetor de crescimento regional, usuário da bacia e necessita pensar urgentemente na segurança hídrica da região a curto, médio e longo prazos”, ressalta Ana Cláudia, que foi escolhida para integrar o comitê gestor provisório que, entre outras atribuições, acompanhará a evolução das intervenções ao meio ambiente relacionadas a construção da barragem do Rio Catolé.

Promotora Karina Cherubini

A promotora de Justiça Ambiental regional, Karina Cherubini, lembrou que as discussões em torno do tema começaram em 2015 e a audiência pública foi o encerramento de mais uma etapa que contou com grande mobilização social. “Tudo isso serve também como uma campanha de educação ambiental e para despertar a consciência tanto para situações de escassez hídrica, quanto para o excesso da demanda, o que ocorre após grandes períodos de chuvas”.

Anselmo Caires

O coordenador geral do Fórum Baiano do Comitê de Bacias Hidrográficas, Anselmo Caires, ressaltou que o comitê contribui para a redução dos conflitos em torno do uso da água, que é uma das maiores dificuldades da gestão hídrica. “Há dez anos faço parte do comitê e sei que a luta não é fácil, por isso precisamos da participação de todos nesse processo”, disse.