Nos próximos anos, a Uesb pode ampliar suas opções de cursos de doutorado. A boa notícia é possível porque cinco Programas de Pós-Graduação da Universidade alcançaram nota 4 na última avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Entre os critérios avaliados, estão a qualidade da produção científica e técnica, a estrutura oferecida pelo campus, a qualificação dos professores e a chamada extensão, ou seja, a participação e os impactos do Programa junto a comunidade.
Com conceito 4 na avaliação, os Programas de Pós-Graduação em Geografia, em Ensino, em Educação, em Química e em Relações Étnicas e Contemporaneidade podem apresentar propostas de criação de cursos em nível de doutorado. Reitor da Uesb, o professor Luiz Otávio de Magalhães acredita que o resultado da avaliação abre uma janela para a ampliação dos cursos de doutorados na Universidade. “Além de atestar a qualidade dos Programas, o aumento no patamar de qualificação representa ainda o aumento do orçamento dos cursos, além de ampliar as possibilidades de pesquisa, projetos, parcerias e retornos para a sociedade”, explica.
A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Uesb já está trabalhando em conjunto com as coordenações dos respectivos programas para esta construção. Atualmente, a Universidade oferta 24 cursos de mestrados e 9 de doutorado, distribuídos nos três campi.
Conquistas e desafios – O Programa de Pós-Graduação em Relações Étnicas e Contemporaneidade (PPGREC), iniciado em 2014, foi um dos Programas que passou para a nota 4 na avaliação e poderá submeter a proposta para um doutorado na área. De acordo com o vice-coordenador do Programa, Marcos Lopes de Souza, o sucesso na avaliação é resultado do investimento e dedicação dos docentes, discentes e egressos na produção intelectual de qualidade e com repercussão regional e nacional.
“Destacamos também a originalidade, a relevância e os impactos das dissertações produzidas, pois, além de gerarem artigos no formato de capítulos de livro, livros e periódicos, contribuem com a comunidade em que as pesquisas foram desenvolvidas”, defende.
Sobre os desafios para o Programa, Lopes aponta o fortalecimento do processo de internacionalização, consolidando os intercâmbios e convênios com os programas de pós-graduação stricto sensu de universidades de outros países, sobretudo, aquelas da América Latina. “Além disso, pretendemos ampliar as produções de artigos em periódicos internacionais a fim de que as pesquisas sejam difundidas e se tornem referência em outros países”, antecipa.
Criado há nove anos, o Programa de Pós-Graduação em Educação também alcançou conceito 4. Nubia Regina Moreira, coordenadora do Programa, revela que houve muito trabalho para ajustar as práticas do Programa de acordo com as observações pontuadas na avaliação quadrienal de 2013-2016. “A inserção social do Programa, com convênios com municípios para a formação de professores da Educação Básica, a qualidade da produção dos docentes, discentes e egressos, a participação do corpo docente permanente em diretorias científicas, eventos acadêmicos e comissões editoriais de periódicos foram algumas das ações empreendidas”, conta.
Entre os desafios para os próximos anos, Moreira aponta a internacionalização a partir de intercâmbios docentes e discentes, a consolidação de redes de pesquisa e a constituição da política de ações afirmativas.
Fonte: Ascom – UESB