O pente-fino foi realizado entre 2019 até maio deste ano. O governo federal já implementou medidas para diminuir os cadastros irregulares.
Um pente-fino do Tribunal de Contas da União encontrou mais de quatro milhões e 700 mil beneficiários irregulares no programa bolsa família. A varredura, que começou em 2019, encerrou em maio deste ano, um mês antes do governo tomar providências para bloquear benefícios indevidos. Segundo o TCU, o total de benefícios irregulares poderiam gerar um prejuízo aos cofres públicos de até 34 bilhões de reais, caso o governo não tivesse contido os pagamentos. Entre as irregularidades foram encontrados erros em informações como endereço, renda e a composição familiar do beneficiário. O pente-fino foi feito no banco de dados do cadastro único do governo federal, o CadÚnico. Os auditores encontraram durante a perícia quase 30 mil CFPs inválidos e mais de 280 mil cadastros de pessoas que já morreram. Além disso, foi notado um aumento de famílias classificadas como unipessoal, aquelas de uma pessoa só, no ano de 2022, principalmente no período eleitoral. Desde o início deste ano, o governo tem intensificado as ações para reduzir as fraudes do programa Bolsa Família. Em abril um milhão e 200 mil benefícios foram bloqueados por estarem com o cadastro desatualizado.