Estudo da Fiocruz indica que o crescimento foi de 6% ao ano, entre 2011 e 2022. Para a psicóloga Adriana Guirra, existem diversos fatores que podem explicar o aumento anual dessa taxa.
Um estudo da Fiocruz indica que a taxa de suicídio entre os jovens cresceu 6 por cento ao ano no Brasil, entre 2011 e 2022. O número foi maior que na população em geral, que apresentou crescimento médio de 3,7 por cento ao ano no mesmo período. Para a psicóloga Adriana Guirra, existem diversos fatores que podem explicar o aumento anual dessa taxa.
Consequências da pandemia, problemas no processo de socialização, exposição intensa à internet, fase de interação social mais precoce também na construção da personalidade. E, além disso, tem um fator geracional, que é a chamada geração G, dos nascidos após 1995, que eles estão mais suscetíveis aos efeitos do estresse, apresentando maiores taxas de ansiedade, depressão.
E essa falta de mecanismos para lidar com frustrações e adversidades, as dificuldades em adiar o prazer podem também ser fatores sociais que influenciam o desencadeamento de quadros mentais que contribuem para o aumento da taxa de suicídio.
Mas como perceber se alguém está precisando de ajuda? A psicóloga fala sobre os sinais de risco que merecem atenção.
São mensagens ou falas autodestrutivas, isolamento, alterações bruscas de humor, sentimentos de raiva, vergonha, culpa, ansiedade, também, comportamentos irresponsáveis, como de quem não tem nada a perder, uma felicidade ou melhora súbita frente um quadro um de depressão também.
E claro, qualquer desses comportamentos devem ser avaliados e inseridos em um mais contexto mais amplo da vida da pessoa, e não isoladamente.
A psicóloga ressalta que a melhor forma de ajudar quem está nesta situação é se mostrando disposto a escutar e não julgar o sofrimento do outro. Além de incentivar a pessoa a buscar ajuda especializada de um psicólogo ou psiquiatra. E em casos mais graves, de surto ou de alguma tentativa, a pessoa deve ser conduzida a um pronto atendimento.