Para o pesquisador e infectologista da Fiocruz, Julio Croda, existem diversos fatores para o aumento repentino de casos, e o principal são as mudanças climáticas.
O surto de dengue logo no começo do ano pegou muita gente de surpresa. Em pouco tempo o Brasil marcava 1 milhão de casos suspeitos espalhados pelo país. Para o pesquisador e infectologista da Fiocruz, Julio Croda, existem diversos fatores para o aumento repentino de casos, e o principal são as mudanças climáticas.
“Parte desse aumento está associado às mudanças climáticas, ao fenômeno do El Nino, que permitiu o aumento da temperatura global e isso favorece muito a expansão do vetor do mosquito da dengue para regiões onde antes ele não existia, principalmente região sul do país, Rio Grande do Sul, mas também em outros países como Uruguai, norte da Argentina, com o aumento da temperatura global, a tendência que a gente tenha recordes mundiais de dengue em todo o mundo e o Brasil não fica fora dessa estatística. Importante que a população fique alerta a partir desse momento até maio, principalmente para eliminar os focos intradomiciliares do mosquito da dengue.”
Algumas dicas de cuidados básicos são: mantenha reservatórios ou caixas d’água cobertos com tampas, telas ou capas, evite água parada em pneus, latas, garrafas vazias ou calhas e faça a limpeza regular da caixa d’água. No portal do instituto Oswaldo Cruz, da Fiocruz você encontra uma cartilha com o passo a passo de como realizar essas pequenas tarefas que fazem uma grande diferença no combate à dengue.