
Por José Maria Caires
Na política, tal como na engenharia, há momentos em que o planejamento abstrato precisa ceder lugar à concretude da obra. Na próxima semana, Vitória da Conquista receberá não apenas um ex-governador, mas o Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República, Rui Costa. A sua visita, agendada para o dia 28 de novembro de 2025, carrega um simbolismo que transcende a agenda protocolar: traz consigo a expectativa de uma região inteira que clama por desenvolvimento e segurança viária.
O Sudoeste baiano, motor pulsante da economia estadual, tem os olhos voltados para uma pauta inadiável: a concessão da Rodovia 2 de Julho.
Não estamos mais falando de sonhos distantes ou de promessas vagas de campanha. Falamos de um processo maduro, tecnicamente debatido e burocraticamente avançado. A última audiência pública ocorreu em maio deste ano. Desde julho, o processo repousava no Tribunal de Contas da União (TCU). As informações que chegam de Brasília, vindas de fontes fidedignas, sopram os ventos da resolução: a análise técnica pelo Ministro Augusto Nardes já teria sido concluída.
O detalhe crucial, que transforma a esperança em pragmatismo, é a informação de que as recomendações de ajustes feitas pelo TCU podem ser sanadas na redação final do edital. Ou seja, não há necessidade de o processo retornar ao calvário da burocracia do Tribunal. O caminho está limpo. A pista está livre.
É aqui que a figura de Rui Costa ganha contornos decisivos.
Investido em um dos cargos de maior relevância da República, Rui possui a “caneta” e, mais importante, o acesso. Ele não é apenas um quadro técnico; é o braço direito do Presidente e colega de ministério de Renan Filho, titular da pasta dos Transportes. A proximidade entre a Casa Civil e o Ministério dos Transportes deve ser o catalisador que transformará a burocracia em asfalto.
A equação é simples e favorável: temos a necessidade técnica comprovada, o aval do órgão fiscalizador (TCU) encaminhado e a força política necessária alinhada. A publicação do edital, prevista no cronograma para dezembro de 2025, não pode sofrer um dia sequer de atraso. Pelo contrário, a presença de Rui Costa em solo conquistense nos permite sonhar com a antecipação ou, no mínimo, a garantia férrea de que dezembro será o mês da virada.
O dia 28 de novembro de 2025 desenha-se, portanto, como o nosso “Dia D”. Não esperamos apenas discursos de cortesia ou afagos políticos. O Sudoeste da Bahia, cansado de gargalos logísticos que freiam nosso potencial e ceifam vidas, espera um compromisso de Estado.
Que o Ministro Rui Costa, conhecedor profundo das dores e das glórias da Bahia, possa olhar nos olhos dos conquistenses e confirmar: a duplicação vai sair do papel. A concessão da Rodovia 2 de Julho não é apenas uma obra; é a artéria por onde o futuro da Bahia precisa passar. E a hora é agora.
JOSÉ MARIA CAIRES
DUPLICA SUDOESTE










