A semana começou de forma positiva para as cerca de 150 pessoas que participaram de uma reunião na tarde dessa segunda-feira, 29, no povoado de São Joaquim, a pouco mais de vinte quilômetros da área urbana de Vitória da Conquista. O grupo recebeu do prefeito Guilherme Menezes a notícia de que dois sistemas de drenagem serão construídos pela Prefeitura na região: um em São Joaquim e outro na Gameleira, a aproximadamente seis quilômetros dali.
Em ambos os locais, há pontos de passagem de água que costumam causar transtornos em períodos de chuva. O grande volume de água interdita a estrada e impede a circulação de veículos – algo de que a doméstica Ana Célia Silva, 29 anos, se recorda com nitidez. “Se o riacho estivesse cheio, os carros não podiam passar”, contou ela, após a reunião em que soube da construção dos dois sistemas de drenagem. “É um trabalho de grande importância para a população. Vem para beneficiar a todos”, acrescentou Ana Célia.
Os transtornos que eram causados pelas águas das chuvas também fazem parte da memória do motorista Hilvone Lopes, o popular “Nego”. Proprietário de uma van, ele trabalha há onze anos no transporte de pessoas de Bate-Pé a Vitória da Conquista. Quando os dois pontos estavam com grande quantidade de água, ele tinha de parar o veículo e esperar por mais de uma hora, até que a correnteza baixasse e permitisse que o automóvel atravessasse. “Para a gente, vai ser muito bom”, disse “Nego”. “Acredito que não teremos mais o gasto de tempo que tínhamos, quando precisávamos esperar a água baixar”.
‘Ótima ideia’– O sistema de drenagem da Gameleira já foi iniciado pela Prefeitura. Logo de início, um desvio foi providenciado para que os veículos continuassem a trafegar livremente pelo local, enquanto durar o tempo de construção do sistema. A ideia consiste na instalação de três grandes tubos de concreto, cada um com dez metros de extensão e formado por manilhas com 1,5 metro de diâmetro. Um sistema idêntico será construído em São Joaquim. “É um ótimo serviço. Uma ótima ideia”, comemorou a presidente do conselho local de saúde, Eva do Prado.
As obras, feitas com recursos próprios pelo Governo Municipal, beneficiarão as comunidades de Ribeirão, Pau Ferro, Bate-Pé, Braga, Mamão, Lagoa de João Moraes, Mota e Santa Rita – além, obviamente, de Gameleira e São Joaquim. E não se trata do primeiro benefício que a Prefeitura leva à região de Bate-Pé. Das 11 barragens construídas em 2013, nada menos que seis foram nesse trecho da zona rural do município. Este ano, duas outras já foram anunciadas pelo Governo Municipal, nos povoados de São Joaquim II (antiga Capoeira Grande) e Poço do Gato. “A melhor maneira de dizer é fazer. E o Governo Municipal tem feito bastante”, observou o secretário municipal de Agricultura, Odir Freire.
Na última semana, por exemplo, a Administração Municipal entregou aos moradores de São Joaquim um novo posto de saúde, totalmente reconstruído com recursos próprios. “Quero agradecer ao Governo Municipal por todas as obras realizadas nesta região. Essas barragens vão viabilizar o acúmulo de água na zona rural”, afirmou o gerente regional e morador da região, Júnior Figueiredo.
‘Mais direitos’ – Segundo o prefeito Guilherme Menezes, a participação popular foi decisiva para que a Prefeitura incluísse em sua programação a construção dos dois sistemas de drenagem. “As pessoas devem se organizar para conquistar mais direitos”, disse. “Logo, as máquinas estarão aí. É um direito de vocês”, acrescentou.
A participação popular, tão importante na história das conquistas sociais, também foi exaltada pelo líder da bancada governista na Câmara Municipal, Florisvaldo Bittencourt: “Quando você une e fortalece as lideranças locais, você também potencializa a comunidade para que ela possa resolver os seus problemas”. *Secom
