.

Demitidos do Botafogo disparam: ‘Clube tem história, mas não tem campo para treinar’

O silêncio foi quebrado na tarde desta quarta-feira pelo quarteto demitido do Botafogo: Emerson Sheik, Bolívar, Edilson e Júlio César. Há quase duas semanas o presidente Maurício Assunção anunciou que os jogadores não faziam mais parte dos planos do clube. Bolívar e Edílson afirmaram que os contratos foram rescindidos nesta manhã. Júlio César afirmou que seu empresário é que está cuidando do assunto. Sheik, que é funcionário do Corinthians e estava emprestado ao alvinegro, disse aos risos que estava curtindo a praia.

Durante coletiva de imprensa realizada em um restaurante na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, Sheik falou sobre a demissão conturbada do Alvinegro carioca. E disse que em um primeiro momento foi informado que havia sido afastado e não demitido.

“Eu estava jantando com um amigo, e quando chequei meu telefone, era por volta de duas da manhã, vi que o Júlio César tinha me ligado bastante. Fiquei preocupado porque somos amigos. Eu pensei que tivesse acontecido algo. Liguei de volta e ele falou que nós estávamos afastados. Ele foi muito sério, por que no começo achei que fosse brincadeira. Então entendi que não era uma brincadeira. Ele pediu para ligar para o empresário. A princípio era um afastamento. O Reinaldo (Pita, empresário) pediu para que fossemos ao treinamento na manhã seguinte. A grande pergunta é o porquê de estar acontecendo tudo isso?”, indagou Emerson.

Em mais de uma hora de entrevista, Sheik diversas vezes foi irônico com a atitude de Assunção.

“O presidente talvez não saiba, mas eu joguei seis partidas no campeonato com o tendão de Aquiles doendo absurdamente. O Botafogo, que tem uma história linda, não tem um campo decente para treinar. Por isso, várias lesões. Isso ele não deve saber. Gente, eu juro, dessa vez eu não fiz nada. Dessa vez [risos]. Foi o pior dirigente que trabalhamos, sim. Quer dizer, nem sei se trabalhei. Só vi ele duas vezes”, aumentou.

O jogador postou um vídeo dançando de sunga na internet na véspera da partida contra o Corinthians em uma rede social. Esse vídeo divulgado em um momento conturbado do clube foi interpretado por muitos botafoguenses como chacota. O jogador afirmou que não teve essa intenção e pediu desculpas para quem viu como maldade. No momento que o ESPN.com.br fazia a referida pergunta, uma pessoa em frente ao resturante gritou: “Sheik, seu chinelinho. Filho da p…”.

“A postagem foi inocente e quem fez o video foi meu filho Emerson. Desde que fui demitido me desliguei completamente e deixei na mão do meu empresário. Nem lembrava que o Botafogo iria jogar. Peço desculpas para quem se sentiu ofendido. Não teve maldade”, falou.

Crítico, Júlio César afirmou que Assunção deveria ter sido homem para demiti-los pessoalmente, já que é ele quem contrata e quem deveria mandar embora. E foi mais longe o jogador ao dizer que espera que seja homem para pagar tudo que deve a eles.

“Hora nenhuma ele falou com a gente. O presidente deveria ser homem e nos procurar e falar. Ninguém contrata por e-mail ou telefone. E deveria ser assim também na dispensa. Ele nunca participou muito do dia a dia do futebol profissional. Antes de me mandar embora, deveria me pagar o que deve. Se foi homem para ir a televisão nos mandar embora, tem que ser homem de nos pagar o que deve”, disparou o lateral.

espn

Banner Seu Menu (NÃO APAGAR)

banner-seumenu-blitz

manuel-importados