Mato Grosso já é o quinto estado brasileiro com legislação proibitiva para a substância. Os outros estados são Pernambuco, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro
De acordo com o decreto, ficam proibidos produtos, materiais ou artefatos que contenham qualquer tipo de amianto. A proibição ao uso se estende a outros minerais que contenham acidentalmente o amianto na composição.
O médico pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, Francisco Pedra, estuda a mortalidade causada pelo amianto. Ele explica que o mesotelioma é uma das doenças que afetam quem já esteve em contato com a sustância.
Além do mesotelioma, a asbestose pulmonar também é uma doença grave causada pelo mineral, que provoca o endurecimento lento do pulmão.
Porém, o mesotelioma é mais agressivo e evolui de forma mais rápida. Segundo Francisco Pedra, a doença não tem cura e é 100% fatal, matando o paciente em até um ano e meio.
O pesquisador ressalta que não apenas os que trabalham nas minas de amianto podem ser vítimas. Francisco Pedra também citou o risco que correm os trabalhadores da construção civil, vendedores de materiais de construção e até garis.
O pesquisador informou que entre 1980 e 2010, no Brasil, ocorreram 3 mil e 700 mortes por mesotelioma. Na Europa, até 2035, cerca de 5 milhões de pessoas podem morrer em decorrência do contato com o Amianto.