Placa indica circulação compartilhada entre ciclistas e pedestres; já pinturas no solo informam sobre a existência de rota para as bikes
O Ministério das Cidades apresentou nesta terça-feira, 22, data em que se comemora o Dia Mundial Sem Carro, duas novas sinalizações relacionadas à bicicleta: uma placa e a outra para ser pintada no solo.
A primeira indica circulação compartilhada de ciclistas e pedestres. A placa será usada para assinalar que a calçada, canteiro, passagem subterrânea de pedestres, passarela, trecho de via, pista ou faixa é de circulação compartilhada de ciclistas e pedestres.
A outra sinalização é o Símbolo Indicativo de Rota de Bicicleta (Ciclorrota), que indica a existência de rota sinalizada para ciclistas. São de dois modelos: o primeiro é a imagem da bicicleta feita em branco que será pintada sobre o solo; o segundo, a imagem da bicicleta feita em vermelho tem um fundo branco. A escolha por um dos dois é opcional, a depender do melhor contraste.
As ciclorrotas ou rotas de bicicletas são vias sinalizadas que interligam pontos de interesse, ciclovias e ciclofaixas, indicando o compartilhamento do espaço entre automóveis e bicicletas. Esses espaços compõem a infraestrutura cicloviária, que ainda é formada pelas ciclovias (espaço totalmente segregado para bicicletas) e as ciclofaixas (espaço delimitado na pista, calçada ou canteiro).
O ministério criou um grupo de trabalho formado com técnicos do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), da Secretaria Nacional de Mobilidade e Transporte e representantes de diversos órgãos governamentais de todo o País para uniformizar os projetos e a sinalização das ciclovias no Brasil.
A meta é concluir, até o início de 2016, novas orientações para que as cidades adaptem as ciclovias ao Código Brasileiro de Trânsito, com projetos e sinalização adequados.
Segundo dados repassados pelo governo, apenas nas capitais dos Estados, a malha cicloviária já supera 2 mil quilômetros de extensão. A indústria de bicicletas calcula que a frota ultrapassa 70 milhões de unidades no Brasil. Nos últimos anos, aumentou a procura por modelos utilizados para mobilidade urbana. Em 2013, 1.348 ciclistas morreram em acidentes de transporte, de acordo com os números mais atuais do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS).
“Precisamos investir na conscientização para eliminar conflitos, fixar parâmetros para projetos bem planejados, para reduzir o risco de acidentes e, assim, garantir a segurança dos ciclistas, pedestres e condutores de veículos”, afirmou o ministro das Cidades, Gilberto Kassab.
O ministério ainda lançou a Cartilha do Ciclista, publicação que reúne informações sobre a legislação, sinalização, as diferentes que compõem a rede cicloviária e regras de circulação e segurança. A cartilha pode ser baixada em PDF no site do ministério.
Segundo o ministro Kassab, mais de 300 cidades procuraram o órgão nesta segunda-feira, 21, em busca do documento. “É um número muito expressivo. Mostra a força dos ciclistas nas nossas cidades”, afirmou.
*Estadão Conteúdo