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Geddel se desculpa após falar palavrões para explicar ligação com empreiteiro preso

 Geddel usou os termos "puta" e "viado" para explicar elo com a OAS Valter Campanato/23.03.2010/ABr
Geddel usou os termos “puta” e “viado” para explicar elo com a OAS Valter Campanato/23.03.2010/ABr

Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-ministro da Integração Nacional e ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, usou o Twitter nesta quarta-feira (20) para pedir “sinceras desculpas” por ter usado termos chulos — como “puta” e “viado”.

Geddel usou a rede social para reparar uma fala dele próprio em reportagem do jornal O Globo de hoje indica uma íntima relação de Geddel com o ex-presidente da empreiteira OAS Léo Pinheiro — condenado pela Justiça Federal a uma pena de 16 anos e 4 meses e preso em Curitiba desde novembro de 2014.

O político baiano, que foi derrotado na campanha eleitoral ao Senado em 2014, disse pela rede social que foi “infeliz no uso de uma expressão em entrevista ao Globo. Peço desculpas a todos” (sic).

Em seguida, afirmou a um seguidor que ” força de expressão para dizer que tinha que receber todos levou-me a esse erro brutal”.

Os pedidos de desculpas de Geddel se referem à frase: “Antes ele era empresário, e eu tinha de tratar com todo mundo, com empresário, com jornalista, com puta, com viado… Era coisa absolutamente natural”. Nessa entrevista a O Globo, o ex-ministro explicou a sua relação com o empreiteiro Léo Pinheiro, condenado na Lava Jato por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

De acordo com a reportagem, quando era vice-presidente da Caixa, Geddel atuou no banco, na SAC (Secretaria de Aviação Civil) e na prefeitura de Salvador (BA) a fim de atender a interesses da OAS. Em troca, o ex-ministro pediu recursos à empreiteira para bancar sua candidatura pelo PMDB ao Senado em 2014 — ele acabou derrotado por Otto Alencar (PSD).

Além do lobby dentro do governo, Geddel pediu emprego a Léo Pinheiro na construtora para um ex-diretor da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), que tinha sido demitido do órgão federal.  A relação entre Geddel e Léo Pinheiro se dava por meio da troca de mensagens de celular, segundo relatório da PF. O documento possui a citação de 29 políticos.

Um dos principais defensores do impeachment de Dilma Rousseff, Geddel foi ministro do governo Lula entre 2007 e 2010 e vice-presidente da Caixa entre 2011 e 2013 — portanto já no governo da petista.

No relatório, a PF afirma que “Geddel aparece em algumas oportunidades solicitando valores para Léo Pinheiro, em especial relacionado ao termo ‘eleição’ e outros apoios. Já Léo Pinheiro demonstra ver em Geddel um agente político que pode ajudar na relação da OAS com órgãos e bancos (Caixa, por exemplo)”.

Fonte: R7

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