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#ForçaChape: A tragédia que roubou o sonho verde e branco

Quem é a Chapecoense

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A história do clube:

 

O acidente

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) negou o pedido de voo solicitado pela empresa boliviana Lamia Corporation para o transporte do time de futebol da Chapecoense que participaria de um torneio na Colômbia. O voo partiria do Brasil para a Colômbia, na segunda-feira (28).

“O pedido foi negado com base no Código Brasileiro de Aeronáutica (CBAer) e na Convenção de Chicago, que trata dos acordos de serviços aéreos entre os países. O acordo com a Bolívia, país originário da companhia aérea Lamia, não prevê operações como a solicitada”, diz a agência em nota.

Por causa da negativa, o time partiu de Guarulhos (SP) para a Bolívia em um voo comercial. Somente em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), eles pegaram o voo fretado da Lamia com destino a Medellín, na Colômbia. As causas do acidente ainda são investigadas, a principal hipótese é falta de combustível do avião fretado. 

 

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 Arte/ EBC

 

As vítimas

A tragédia que atingiu a equipe do Chapecoense matou 19 dos 22 jogadores que estavam no vôo para Colômbia, onde a equipe enfrentaria o Atlético Nacional pela Copa Sul-Americana. Três atletas continuam internados após serem salvos pelas equipes de resgate colombianas: Alan Ruschel (lateral-esquerdo), Neto (zagueiro) e Follmann (goleiro).

Também morreram no acidente 20 profissionais da imprensa que estavam na aeronave. Um jornalista, Rafael Henzel, segue internado. Os corpos das vítimas serão trazidos ao Brasil por aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Em Chapecó, as urnas serão recepcionadas por carros abertos do Corpo de Bombeiros e veladas no gramado  do estádio da Chapecoense, a Arena Condá.

Ouça:

Confira a biografia dos jogadores que morreram no acidente.

 

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Danilo (goleiro)

Marcos Danilo Padilha era paranaense de Cianorte e iniciou a carreira no time de sua cidade natal. Fez a carreira em clubes do interior paranaense com mais destaque no Londrina. Estava em sua quarta temporada na equipe de Chapecó, onde era titular e ídolo. O goleiro tinha 31 anos e era um dos destaques da campanha histórica na Sul-Americana.

 

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Cléber Santana (meia)

Natural de Abreu e Lima (PE), Cléber Santana Loureiro era um dos jogadores mais experientes do elenco. O meia-campista começou a carreira no Sport e passou por clubes como Vitória, Santos, São Paulo e Flamengo. Jogou também pelo Atlético de Madrid, da Espanha. A partir de 2012, começou a rodar pelo futebol catarinense, passando por Avaí, Criciúma e Chapecoense. O atleta tinha 35 anos.

 

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Bruno Rangel (atacante)

Nascido em Campos dos Goytacazes (RJ), Bruno Rangel é o maior artilheiro da história da Chapecoense com 77 gols. O atacante iniciou no futebol carioca e passou por clubes como Paysandu, Guarani e Joinville. Chegou ao clube de Santa Catarina em 2013, quando foi artilheiro da Série B e alcançou o auge da carreira. Foi para o futebol do Catar e retornou ao clube ainda em 2014. Aos 34 anos, era um dos jogadores mais velhos do elenco.

 

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Lucas Gomes (atacante)

Lucas Gomes da Silva era natural de Bragança (PA) e iniciou a carreira em clubes menores do Pará. Passou também por Londrina (PR) e Icasa (CE), até chamar atenção do Fluminense em 2015. O atacante, que tinha 26 anos, chegou a Chapecoense nesta temporada.

 

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Filipe Machado (zagueiro)

Filipe José Machado nasceu em Gravataí (RS) e tinha 32 anos. O zagueiro defendeu o Internacional nas categorias de base e jogou boa parte da carreira em países da Europa e da Ásia. No Brasil, passou por clubes como Duque de Caxias, Guaratinguetá e Macaé. Filipe chegou a Chapecoense em 2016, vindo do futebol iraniano.

 

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Kempes (atacante)

Everton Kempes dos Santos Gonçalves, 34 anos, nasceu em Carpina, Pernambuco. Kempes, como é mais conhecido, chegou para compor o ataque da Chapecoense neste ano. O experiente jogador passou por diversos times como Portuguesa, Nacional de Muriaé, Paraná, Vitória, Estrela do Norte, Sertãozinho, Ceará, Caxias, Ipatinga, Criciúma, Novo Hamburgo, Américo Mineiro e pelo Cerezo Osaka, do Japão.

 

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Ananias (atacante)

Ananias Eloi Castro Monteiro, 27 anos, era natural de São Luís (MA). O atacante, revelado pelo Bahia, se destacou pela Portuguesa entre 2011 e 2012. Nos anos seguintes, jogou no Cruzeiro, no Palmeiras e no Sport. Ananias chegou a Chapecoense em 2015 e se tornou uma das principais armas ofensivas do time.

 

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Willian Thiego (zagueiro)

Zagueiro, Willian Thiego de Jesus formava a dupla titular da defesa da Chapecoense. Natural de Aracajú, o atleta de 30 anos passou pelas categorias de base do Grêmio. Jogou ainda no Bahia, Ceará, Figueirense e em clubes do Japão e Azerbaijão. O jogador estava no time de Chapecó desde janeiro de 2015.

 

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Dener (lateral esquerdo)

Dener Assunção Braz, 25 anos, era o lateral esquerdo titular da Chapecoense. Natural de Bagé (RS), iniciou na base do Grêmio. No início da carreira, foi emprestado para equipes do interior gaúcho até chegar ao Vitória (BA). Foi contratado pelo Caxias, em 2013, mas foi com o título paulista pelo Ituano, em 2014, que chamou atenção do país. No mesmo ano, acertou com o Coritiba, e desde 2015 está na Chapecoense.

 

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Mateus Caramelo (lateral direito)

Mateus Lucena dos Santos tinha 22 anos e era lateral direito. O jogador foi revelado pelo Mogi Mirim e foi contratado pelo São Paulo em 2013. No ano seguinte foi emprestado ao Atlético Goianiense. Sem chances no clube da capital paulista, ele estava em sua segunda temporada na equipe de Chapecó.

 

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Gimenez  (lateral direito)

Guilherme Gimenez de Souza, de 20 anos, nasceu em Ribeirão Preto (SP). O jovem atleta passou por times como Goiás, Olé Brasil, Comercial-SP e Botafogo-SP. Foi contratado neste ano pela Chapecoense para atuar na lateral direita.

 

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Marcelo (zagueiro)

Marcelo Augusto Mathias da Silva, 25 anos, em Juiz de Fora (MG). Foi contratado neste ano pela Chapecoense para a defesa. Marcelo iniciou sua carreira no futebol aos 19 anos nas categorias de base do Macaé (RJ), onde não conseguiu alavancar a carreira e abandonou o futebol por um tempo. Voltou aos campos em 2012, quando foi contratado pelo Volta Redonda. Antes de ser contratado pelo pelo time catarinense, passou ainda pelo Cianorte (PR) e pelo Flamengo (RJ).

 

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Sérgio Manoel (volante)

Sérgio Manoel Barbosa Santos, 27 anos, nasceu em Xique-Xique (BA). O baiano foi contratado neste ano pelo Chapecoense. O atleta passou por clubes como Água Santa, Paysandu, Atlético Goianiense, Coritiba, Mirassol, Rio Preto, Nacional-SP, Atlético Araçatuba. Em 2013, pelo Coritiba, foi campeão paranaense.

 

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Matheus Biteco (volante)

Matheus Bitencourt da Silva, 21 anos, conhecido como Matheus Biteco, nasceu em Porto Alegre. Iniciou sua carreira no futebol na escolinha do Grêmio em 2007. Sua carreira profissional teve início em 2013, quando disputou partidas do Gauchão, do Brasileirão e da Copa do Brasil pela equipe gaúcha. Chegou a Chapecoense em 2016.

 

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Tiaguinho (atacante)

Tiago da Rocha Vieira, 22 anos, ou Tiaguinho, é natural de Trajão de Moraes, no Rio de Janeiro. O atleta reforçou o atraque da Chapecoense neste ano. Ele já havia jogado pelo XV de Piracicaba, Metropolitano e Cianorte.

 

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Josimar (volante)

Josimar Rosado da Silva Tavares, 30 anos, é natural de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Sua carreira profissional como jogador teve início aos 20 anos, quando começou a jogar pelo time B do Internacional, em 2007. Atuou ainda pelo Brasil de Pelotas, Ponte Preta, Palmeiras e também pelo  Al-Watan da Arábia Saudita. Josimar chegou na Chapecoense em 2016.

 

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Gil (volante)

José Gildeixon Clemente de Paiva, 29 anos, mais conhecido como Gil, nasceu na cidade de Santo Antônio, no Rio Grande do Norte. Iniciou sua carreira no futebol em 2005, quando começou a jogar pelo time mineiro da URT. No mesmo ano foi contratado pelo Santa de Cruz. Gil ainda teve passagem pelos times de Mogi Mirim, Guaratinguetá, Vitória, Santo André, Ponte Preta e Coritiba. O atleta foi contratado pela Chapecoense em 2015.

 

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Arthur Maia (meia)

Arthur Brasiliano Maia, 24 anos, é natural de Maceió (AL). Começou a jogar pelo Chapecoense neste ano, mas sua história no futebol começou cedo, nas categorias de base do Vitória, com apenas dez anos de idade. Arthur Maia defendeu outros times como o Joinville, América-RN, Flamengo e o time japonês Kawasaki Fronyale.

 

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Aílton Canela (atacante)

Ailton Cesar Junior Alves da Silva, 22 anos, nasceu na cidade de Matão, em São Paulo. Antes de ser contratado para o ataque da Chapecoense, em 2016, o jogador atuou pelo Inter de Bebedouro, Vitória-ES, Monte Azul, Olímpia, Botafogo-SP e Cianorte.

Os sobreviventes

Segundo boletim médico divulgado pela Associação Chapecoense, nesta quarta (30), o zagueiro Neto, último dos resgatados do acidente aéreo, está em estado crítico, mas estabilizado. O goleiro Follmann é o que se encontra em estado mais grave. Um das pernas do atleta foi amputada e a outra está em análise, com possibilidade de amputação do pé. O quadro de Follmann é estável, mas requer cuidados.

O lateral Allan Ruschel foi submetido à cirurgia da coluna vertebral, mas está com movimentos normais em membros superiores e inferiores. Apesar das múltiplas escoriações, e do estado crítico, está estabilizado. O jornalista Rafael Henzel sofreu trauma toráxico e fraturou a perna. Seu estado  é crítico, mas as perspectivas são otimistas.

De acordo com a equipe médica da Chapecoense, a maior preocupação, em relação a todos os sobreviventes, é com relação à possibilidade de infecção, uma vez que os ferimentos apresentavam nível alto de contaminação. Ainda não há previsão sobre a alta dos pacientes.

 

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Alan Ruschel (lateral-esquerdo)

Aos 27 anos, atua como lateral-esquerdo e defende a Chapecoense, emprestado pelo Internacional.

 

 

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Neto (zagueiro)

Aos 31 anos, Neto começou a sua carreira como jogador profissional pelo Vasco em 2005. Já atuou em times como Guarani e Santos. Defende a Chapecoense desde fevereiiro de 2015.

 

 

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Follmann (goleiro)

Aos 24 anos e na Chapecoense desde 2015, já atuou em times como Grêmio e Juventude.

 

01 de Dezembro, 2016

Causas do acidente

As autoridades da Aeronáutica Civil da Colômbia confirmaram que o avião que transportava a equipe catarinense para Medellín caiu sem “uma gota de combustível” próximo a um morro em Cerro Gordo e que agora serão investigadas as causas do que provocou a pane seca.

Ouça:

 

O diretor-geral da LaMia, Gustavo Vargas, declarou ontem (30) que o piloto deve ter avaliado que o combustível era suficiente para chegar ao seu destino, pois existia a opção de fazer uma pausa em Bogotá para abastecer, que foi descartada.

 

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Divulgação/CC

 

A maior tragédia da história do futebol

A proporção da tragédia se destaca em meio a outros fatos do tipo que marcam histórias de diferentes clubes pelo mundo. Confira histórico de acidentes aéreos envolvendo times de futebol:

 

Homenagens ao verde e branco

Dezenas de milhares de pessoas lotaram a Arena Condá, estádio da Chapecoense, na noite de ontem (30) para homenagear as vítimas do acidente aéreo na Colômbia. A homenagem aconteceu na mesma noite em que estava previsto o jogo entre as duas equipes.

A emoção tomou conta da multidão desde a chegada ao estádio. Nas ruas de Chapecó, parecia não haver outro destino possível que não fosse a Arena Condá: grupos de amigos e famílias inteiras caminhavam rumo ao estádio vestindo as cores da Chapecoense e carregando faixas e bandeiras do clube.

Ouça:

As homenagens aconteceram simultaneamente na Arena Condá e no estádio Atanasio Girardot, em Medellín, na Colômbia, no horário em que seria disputada a partida.

 

Adeus

Segundo a Associação Chapecoense de Futebol, ainda não há informações oficiais sobre a data e o horário em que os corpos das vítimas do acidente aéreo chegarão a Chapecó para as últimas homenagens. O clube aguarda a liberação que irá ocorrer após o embalsamento. O processo de identificação dos corpos já está finalizado.

 

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Daniel Isaia / Agência Brasil

De acordo com o clube, o transporte dos corpos do aeroporto de Chapecó até a Arena Condá pode levar em torno de uma hora e meia. No velório, a primeira hora será reservada aos familiares. Posteriormente, o acesso ao gramado ficará restrito aos familiares, autoridades e pessoas diretamente ligadas à Chape. Os torcedores poderão se despedir das vítimas das arquibancadas.

A previsão é que o velório coletivo dure em torno de quatro horas. Na sequência, será respeitada a vontade das famílias e alguns dos corpos serão levados para outras cidades. Segundo a Chapecoense, 19 mil pessoas poderão ser acomodadas na Arena Condá.

São esperadas cerca de 100 mil pessoas para a despedida.

Para permitir que todos acompanhem a homenagem, um telão será instado na parte externa da arena, em frente ao Clube.

 

A tristeza nas redes sociais

Depois da queda do avião da equipe da Chapecoense, a hashtag #ForçaChape se tornou a mais usada no Twitter em todo o mundo, em solidariedade aos parentes das vítimas. A hashtag foi usada nesta rede social mais de 2 milhões de vezes apenas no dia 29, data da tragédia.

Ouça:

Times de futebol brasileiros, pessoas anônimas, artistas, empresas e muitos moradores da cidade de Chapecó fizeram suas homenagens pelas redes. Muitas mensagens de tristeza, dor, apoio e incredulidade tomaram conta das páginas na internet.

Fonte: EBC

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