A decisão do Executivo Municipal de derrubar barracos de dezenas de famílias da invasão “Maravilhosinha” repercutiu no Estado e no Brasil e tem afetado ainda mais a popularidade do prefeito Pereira, que não é das melhores.
Em nota a Secretaria de Comunicação declara:
A Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, por meio da Secretaria de Infraestrutura, informa que as casas foram construídas de forma ilegal em uma área pública, protegida por lei, cabendo ao município cumprir a legislação e desocupar essas áreas.A Prefeitura informa ainda que as ações irão continuar de modo a garantir a proteção das áreas públicas , que não pertencem a governo ou a pessoas particulares, mas sim ao patrimônio do município.A Secretaria de Infraestrutura orienta os moradores a não fazerem investimentos nessas localidades e a procurar informações na Secretaria antes de iniciar qualquer construção, a fim de evitar transtornos maiores e a perda dos valores empregados na obra.
Também, inúmeros manifestos tem sido publicados em redes sociais, muitos deles fazendo referências a denúncias de supostas irregularidades no executivo.
Após a divulgação de nota de repudio do Partido dos Trabalhadores, os deputados Marcelino Galo e Jorge Solla, estadual e Federal respectivamente, manifestaram indignação com a decisão de Pereira.
“O que Herzem fez é inconstitucional porque atenta contra o princípio da dignidade da pessoa humana. É criminoso porque deixou desabrigadas centenas de cidadãos, sem que houvesse nenhuma urgência circunstancial para a desocupação daquela área, sem diálogo, sem planejamento para realocação daquelas famílias. É cruel porque sequer houve notificação, as pessoas foram acordadas na madrugada e não tiveram tempo para retirar seus móveis e bens pessoais”, condenou Solla.
Já a Assistente Social Nádia Márcia Campos, que já esteve a frente da Secretaria de Desenvolvimento Social no Governo de Guilherme, emitiu uma carta nas redes sociais demonstrando como deveriam ser os procedimentos para desapropriação das moradias. Algo complexo e que afeta quase todas as Secretarias de Governo.