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Sem asfalto por opção; Pereira desprezou compra de 1,3 milhão de insumos

Buracos por todos os lados sendo enxertados com cascalho. Essa é a lamentosa situação das vias de Vitória da Conquista. Condição que se agrava com as chuvas. O que muitos não sabem é que a falta de asfalto é uma escolha do Governo Pereira.
Recentemente o prefeito Herzem Gusmão Pereira posou para foto a fim de noticiar o pregão eletrônico para compra de asfalto. Seria razoável se não ocultasse o desprezo de uma compra em andamento de R$ 1,3 milhão deixada pela gestão anterior, faltando apenas efetivar o contrato.

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Sem pensar no bem coletivo, os oráculos da nova gestão decidiram segurar a ata de registro de preço, que tinha validade de um ano, deixando-a vencer no dia 26 de janeiro.

Trecho do D.O. em que foi publicada a Ata de Registro de Preço para aquisição de insumos para pavimentação asfáltica.

Segundo fontes, o coordenador responsável pela interrupção da compra, Marcelo Guerra, afirmou que compraria o mesmo produto pela metade do preço, aparentemente insinuando que os funcionários responsáveis pela licitação seriam desonestos, desconsiderando que todo procedimento foi realizado publicamente, conforme determina a lei.
Ainda no prazo, o próprio secretário da pasta teria sido informado que a cidade ficaria sem asfalto por um longo período. Ainda assim, teria sido considerado mais relevante o argumento do coordenador. Resultado: a cidade ficou cheia de buracos e sem asfalto para tapá-los.

*Confira aqui a publicação da Ata de Registro de Preço no dia 27 de janeiro de 2016. Prazo do documento venceu um anos depois no dia 26 de janeiro de 2017 – DO Ata registro de preço

O discurso de Pereira
Desde que assumiu o executivo, o pajé braveja nas rádios que a Emurc está com débito milionário e não pode adquirir nem um quilo de asfalto. A afirmação é verdadeira, entretanto, omite o verdadeiro motivo dos buracos não serem tapados com asfalto.
Houve a escolha em não utilizar os R$ 1,3 milhão em insumos para fabricação do pavimento asfáltico. Compra que seria realizada pela Prefeitura, não pela Emurc.

Contratos irregulares
Não é a primeira vez que oráculos de Pereira se envolvem em imbróglios. Nos 100 primeiros dias de gestão, Pereira contratou algumas empresas de consultoria jurídica. A contratação é questionável, pois, não há nos documentos que especifique as finalidades dos contratos. Mesmo sendo alertado sobre a irregularidade, o coordenador não recuou e afirmou que era orientação do pajé.

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O último escândalo envolvendo Pereira foi a compra dos quarenta pneus, que só foram entregues 16.
O fato ocorrido recentemente é mais um dos vários envolvendo oráculos do governo municipal. Além dos pneus, vários outros itens não foram entregues.

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O município não foi lesado por intervenção de Nelson de Vivi, que foi até o pajé e exigiu intervenção. Sem alternativa, Pereira foi pessoalmente dar ordem para devolver a mercadoria.

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