Seis meses após estar no comando da cidade, ficará a cargo da Fundação Dom Cabral, o modelo de Gestão do Governo de Pereira.
Mesmo combatendo o Partido dos Trabalhadores com afinco há dez anos, apontando o que ele considerava erros da administração petista, Herzem Gusmão Pereira, oficializou não ter Programa de Governo ou Modelo de Gestão. E não é uma questão de discurso de oposição ou situação, basta observar o que diz o Diário Oficial publicado nessa segunda, 03.
“Objetivando a prestação de serviços de assessoria técnica na construção de um modelo de gestão, a partir de ações de curto, médio e longo prazo, que aprimorem a qualidade técnica da equipe gestora e atenda as demandas socioeconômicas do Município de Vitória da Conquista”
Como se trata de uma Fundação, Pereira contratou a assessoria técnica sem licitação pelo valor de R$ 279.314.
O discurso adotado pela equipe de Pereira é que a administração está em um novo momento. Muitos demonstram euforia ao falar do que consideram “extraordinário desempenho do Governo”.
O Prefeito também permanece empolgadíssimo, não é a toa que no mês de março, durante a exposição de Conquista, declarou que já tem apoio dos seus eleitores e da ampla maioria dos que votaram em José Raimundo.
A contratação da “Dom Cabral” sinaliza para melhora administrativa do Governo Pereira. Entretanto, se suas ações políticas estiverem alicerçadas em seus caciques do PMDB (Gedel, Lúcio e Temer) a imagem do Governo Pereira estará fadada ao fracasso.
Ironicamente, os maiores responsáveis pela sustentação do Prefeito são os vereadores da oposição. De forma branda, sem habilidade de articulação e de mobilização dos movimentos sociais, os parlamentares não conseguem explorar eficazmente os fatos políticos, mesmo fazendo graves denúncias.