Mais de R$ 20 milhões em investimentos, metade na obra e a outra parte em equipamentos. É o aporte do governo estadual no projeto da Policlínica Regional de Saúde que será implantada em Vitória da Conquista. O equipamento terá capacidade para atender uma população de até 700 mil pessoas por mês, no território sudoeste, com 18 especialidades, incluindo tomografias e ressonâncias, e 57 profissionais, sendo 25 médicos. Nada disso animou o prefeito Herzem Gusmão (PMDB) que disse hoje, 20, em encontro com a imprensa local, que Conquista não vai aderir ao projeto.
Para o deputado estadual Fabrício Falcão (PCdoB) é uma decisão infundada, baseada em questões partidárias e eleitoreiras e não na real necessidade da população. Segundo ele, Herzem assumiu uma postura intransigente, pois não participou dos debates sobre o projeto e não ouviu a população conquistense. “É muito triste o que estamos assistindo em Conquista. O prefeito faz um discurso mesquinho, tripudia sobre uma das necessidades mais básicas do povo, o acesso à saúde. As policlínicas são uma resposta às dificuldades que os municípios enfrentam no atendimento especializado e, até onde eu saiba, Conquista não foge à regra. O prefeito desdenha do projeto, mas não podemos esquecer que quem pagará a conta é a população de Conquista. Espero mesmo que ele mude de ideia e cumpra o compromisso de zelar por nosso município, pois é pago pra isso”, falou o deputado.
Compreenda o projeto – As policlínicas regionais são uma iniciativa do governo estadual. Elas estão sendo implantadas por meio de consórcios de saúde, uma iniciativa autônoma de municípios circunvizinhos, associados para gerir e prover, conjuntamente, serviços de saúde à população, otimizando e racionalizando o uso de recursos públicos. O Estado arca com a construção e os equipamentos e a manutenção é rateada, proporcionalmente, entre os municípios (60%) e o Estado (40%). Na região sudoeste 19 municípios formam o consórcio. Para isso, cada um enviou projetos às suas câmaras municipais.