A direção do MST explica que o Culto será um espaço reivindicatório, pois pretende cobrar celeridade nas investigações.
Do Voz do Movimento
Em memória do dirigente Márcio Matos, que foi brutalmente assassinado no dia 24 do último mês, o MST realiza um Culto Ecumênico, no sábado (24), 30 dias após sua morte, com o objetivo de rememorar a história de luta e hastear uma bandeira vermelha de repúdio ao ocorrido.
O culto acontecerá no Assentamento Boa Sorte, em Iramaia, na região da Chapada Diamantina, local onde o dirigente foi executado.
A direção do MST explica que o evento será mais um espaço reivindicatório, pois pretende cobrar celeridade nas investigações, que, até então, estão sendo puxadas pelas Política Civil e Militar.
A militância Sem Terra, amigos e parceiros do Movimento já confirmaram presença.
Solidariedade
Diversos políticos, movimentos e organizações sociais do campo e da cidade, nacionais e internacionais, emitiram notas de pesar em homenagem ao MST e familiares de Márcio Matos. Nos documentos, o sentimento de indignação e repúdio cobravam respostas concretas, como foi ressaltado na fala do governador da Bahia, Rui Costa, durante o velório.
Rui afirmou que as providências seriam tomadas para solucionar o caso. “Determinei ao secretário de Segurança que montasse um grupo especial de investigação para que possamos chegar aos executores e mandantes”.
Diante desse processo, o culto ecumênico será mais um espaço de denúncia do caso, mas também místico, trazendo o legado de Márcio e os desafios que o MST e toda classe trabalhadora possui para pôr fim à violência.