Interrupção da reunião favoreceu o Governo, que pode ter tempo para apresentar alternativas para solução da crise no transporte coletivo
A reunião do Conselho Municipal de Transporte durou aproximadamente 30 minutos, após atraso. Poucas pessoas fizeram uso da fala. De cara foi possível notar que a tendência é que o executivo seja pressionado para solucionar o problema da clandestinidade. A reunião foi interrompida por um preposto da prefeitura que afirmou que o prefeito teria ordenado o fechamento do local, por causa do apagão. O Secretário de Mobilidade, Esmeraldino Correia, não compareceu.
Quem primeiro se pronunciou para discussão do tema foi a direção da Cidade Verde. Sem rodeios, Sérgio Hubner deixou claro que a empresa está com os pagamentos em dia, porém não suporta mais arcar com o aporte financeiro variando mensalmente entre R$ 500 mil e R$ 600 mil.
Um representante da classe trabalhadora se manifestou contra o reajuste da tarifa e defendeu que a solução da crise deve começar por ações contra o transporte clandestino.
O vereador Coriolano Morais, representante do Legislativo no conselho, foi duro ao criticar o executivo e o Conselho. Para Cori o Conselho deve se manifestar e discutir alternativas de como devolver os passageiros para o sistema de transporte.
“As vans estão fazendo o que querem em Conquista”.
“Não da pra ser liberado van verbalmente e ficar um ano e quatro meses e a gente fazendo que em Conquista não tá acontecendo nada”.
“Conquista vai virar um Rio de Janeiro… hoje é um problema gravíssimo… Eu tenho declarações de pessoas que estão sendo ameaçadas”.
“Tá na hora da gente discutir o problema, chamar o prefeito e dizer: o senhor foi eleito pra defender o interesse da população. Se o senhor não cumprir, nós vamos tomar providências jurídica, política, técnica”.
Quem também prometeu entrar de cabeça contra a clandestinidade e o sucateamento do sistema de transporte foi o integrante do movimento estudantil, Esdras Tenório.
O movimento estudantil voltou, anuncio Tenório. Ele informou que os estudantes vão para as ruas protestar contra a atual situação do transporte coletivo.
“O movimento estudantil voltou.”
A reunião foi suspensa por conta do apagão e uma nova reunião deve ocorrer nos próximos dias.