O posicionamento do Ministério Público sobre uma Ação Civil Pública proposta pelo então vereador Arlindo Santos Rebouças, em 2013, pode levar a Justiça a determinar que a Prefeitura de Conquista licite a cota da Cidade Verde em 180 dias. Ou seja, a empresa deixaria de operar em Conquista. Ainda que a Justiça acorde com a orientação do MP, cabe recurso, mas a empresa parece não ter disposição para levar a ação às instâncias superiores, já se preparando para deixar a cidade nos próximos meses.
O parecer do MP foi publicado em 07 de abril. A ação prospera no momento que o transporte coletivo de Conquista vive a pior crise da história, após ações supostamente equivocadas do governo Herzem Gusmão Pereira, como afirma o vereador Cori.
Desde o início da sua gestão, Pereira Gusmão anuncia que a crise do transporte é uma herança do PT, mas não consegue convencer a população sobre como a Viação Vitória permanece com descumprimentos contratuais patentes, a ponto de colocar em risco a integridade física dos usuários.
Em vários momentos, Pereira Gusmão invocou esta Ação Civil Pública, proposta por Arlindo, para apontar suposta falha ou ilegalidade da Cidade Verde. Entretanto, nesse caso, a briga é judicial e caso a empresa opte em recorrer, poderá perpassar o período de concessão e os usuários não serem penalizados.
A pressentida insegurança política local parece ter desmotivado os acionistas da Cidade Verde, que não tem demonstrando tanto interesse em permanecer na capital do Sudoeste. Os prejuízos mensais, que variam entre R$ 600 mil e R$ 800 mil, em decorrência da metástase do transporte clandestino, tornou praticamente inviável a exploração da concessão do serviço na cidade.
A cidade aguarda inquietante o posicionamento sobre as denúncias feitas pelo vereador Cori ao MP apontando irregularidades praticadas pela Viação Vitória. Já houve uma reunião, porém, não se sabe o que poderá ocorrer nos próximos dias. A quem aposte que o MP indicará improbidade do executivo municipal por não agir dentro dos princípios que regem a administração pública.
Enquanto a solução para crise do transporte não chega, a clandestinidade avança com a presumível passividade do executivo.