Professoras e professores da Uesb decidiram, na tarde da quinta-feira (4), entrar em greve por tempo indeterminado. Após o encaminhamento do Forum das Ads de deflagração de greve, o governo, após quase quatro anos de silêncio, sinalizou uma possível abertura para as negociações, em reunião ocorrida na quarta-feira (3). Na ocasião foi apresentada uma “proposta” do governo para parte da pauta docente (veja aqui). Apesar da abertura do diálogo, a avaliação da categoria é de que nenhuma proposta concreta foi apresentada. O movimento reivindica reajuste salarial, respeito aos direitos trabalhistas e recursos para as Universidades Estaduais. As atividades docentes na Uesb serão suspensas a partir do dia 9 de abril. Uma nova reunião com o governo acontecerá no dia 8 de abril.
Segundo os docentes, os representantes do Estado assumiram compromisso em estudar um possível ajuste do quadro de vagas no primeiro semestre de 2019 e avaliar com as reitorias, que reclamam também da negativa do governo em recebe-los, o quantitativo de mudanças de regime de trabalho que poderiam ser atendidas. A avaliação da assembleia é de que o governo se movimenta, após três anos de negativas, apenas pela mobilização nas Universidades Estaduais. Por isso, não é possível recuar nesse momento.
A assessoria da Adusb afirmou que a reunião com o governo não trouxe qualquer sinalização a respeito de reajuste salarial, mesmo com o não recebimento de aumento real há seis anos e de reposição inflacionária há quatro anos. A categoria ressaltou as dificuldades geradas por essa situação, que é responsável por quase 30% em perdas salariais.
* Blog do Caique Santos