A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Vitória da Conquista está apurando as denúncias sobre assédio sexual envolvendo um médico ginecologista. Mais de 24 mulheres alegam ter sido assediadas. O caso ganhou repercussão em vários veículos de comunicação nacional, entre eles Estadão, UOL, G1,Veja.
As primeiras denúncias aconteceram através de uma publicação nas redes sociais com a foto do médico. No texto uma das mulheres iniciou dizendo: “Há dias estou pensando por onde começar, porque eu não queria ficar calada, pois sei que o que aconteceu comigo pode acontecer com outra garotas”, e relatou o assédio durante a consulta. Depois da postagem, várias outras mulheres relataram que também foram assediadas.
Uma das pacientes havia sofrido aborto espontâneo e procurou o atendimento emergencial com o médico. Em entrevista ao site da Veja, esta mulher relatou o que aconteceu durante a consulta:
“Ele tirou as luvas e começou a massagear meus seios, o que não era mais natural numa situação de aborto. Não era uma massagem de um médico, era um toque de homem. E aí desceu por minha barriga, enquanto alisava todo o meu corpo, inclusive minha vagina, sem luva. Ele me elogiava e dizia que eu não ficasse preocupada”
Na última segunda-feira (13), a Ordem dos Advogados da Bahia (OAB- VCA) recebeu algumas destas mulheres para prestar auxílio jurídico. Foi aberta uma investigação pública incondicionada e o caso foi encaminhado para a Delegacia da Mulher que está escutando os depoimentos.
Em entrevista ao Programa Sudoeste Agora, na Rádio Clube, o advogado de defesa do médico relatou que o seu cliente nega veementemente as denúncias.