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A placa da discórdia: vexame repercute em todo Estado

Para quem pensou que o imbróglio da inauguração do aeroporto acabou, eis que alguém revela o motivo da grande confusão.
Em 2017, houve uma grande polêmica quando subordinados do Prefeito Herzem Gusmão Pereira retiraram três quadros com a imagem do ex-prefeito Guilherme Menezes, que estavam expostas no Memorial Régis Pacheco. Cada quadro foi feito em um dos mandados do ex-prefeito, como sempre aconteceu. Naquela época, tentando amenizar a repercussão negativa da retirada dos registros em quadros, Gusmão Pereira disse que não faria questão de ter a sua foto na galeria, pelo menos enquanto era prefeito.
Agora a história virou de ponta cabeça. O Prefeito emedebista fustigou uma grande confusão por não ter o seu nome na placa ‘verdadeira’ do aeroporto Glauber Rocha. Até o presidente Jair Bolsonaro foi convidado – como ele mesmo declara em um vídeo ao lado de ACM Neto. A cidade foi exposta ao ridículo. O prefeito colocou o governador baiano e o presidente da República em rota de colisão e o republicanismo foi mandado pras cucuias.
O que muitos não sabem é que a placa descerrada por Bolsonaro e o alcaide conquistense, a placa ‘fake’, foi paga pelo contribuinte conquistense.

Herzem bate palmas e ao mesmo tempo confere se o seu nome está registrado na placa ‘fake’

Um dinheiro gasto desnecessariamente, pois a verdadeira, em ferro fundido, está logo na entrada do terminal de passageiros do aeroporto. A placa, pra ‘inglês ver’, aliás, para o prefeito ver, serviu apenas para massagear o ego. Entretanto, a placa que ficará guardada na história está lá, chumbada na parede.

Placa original da obra está chumbada na entrada do aeroporto.

Hoje, o jornalista Levi Vasconcelos, em sua coluna no jornal a Tarde, relata o caso da placa da discórdia. Leia;

Aeroporto teve duas placas, a que Bolsonaro descerrou e a que ficou

No rescaldo do affair sobre a inauguração do aeroporto de Vitória da Conquista, eis que surge um fato novo, desta feita para engordar o folclore político: foi o primeiro ato inaugural que teve duas placas, uma para a solenidade, retirada logo após, e outra para a posteridade.

Os aliados do prefeito Her-zem Gusmão (MDB) até pretenderam tirar a placa original, de ferro cromado, pregada na parede, mas alguém avisou: o buraco numa obra nova vai ficar feio. Aí surgiu
ideia da nova placa, no ato, colocada num suporte móvel, depois retirado.

DIZERES — A placa original, a cromada, tem os dizeres: Aeroporto Glauber.

Uma homenagem a Glauber Rocha, filho ilustre dessa terra que, com uma câmera na mão e muitas ideias na cabeça, fez a revolução do Cinema Novo e levou a Bahia em suas películas para todo o mundo.

Vitória da Conquista, 23 de julho de 2019. Assinam:

Jair Bolsonaro – presidente da República; Rui Costa – governador; Tarcísio Gomes de Freitas -ministro de Estado da Infraestrutura; e Marcus Cavalcanti – secretário estadual de Infraestrutura.

A placa da inauguração, ou placa fake, como passaram a chamar lá, nada diz. Apenas o título República Federativa do Brasil, mantiveram assinaturas com um detalhe: tiraram o nome do secretário Marcus Cavalcanti e colocaram o do prefeito Herzem Gusmão.

Como diria Octávio Mangabeira, pense num absurdo…
*Coluna de Levi Vascocelos

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