Opinião e Artigos Política

Opinião: A verdade não lhe é suficiente

Rafael Nunes é advogado e empresário

Por Rafael Nunes – É quase que unanimidade entre os conquistenses, que o governo Herzem Gusmão tem perdido, além da credibilidade, a sua popularidade. As demonstrações dessa constatação estão nas redes e nas ruas. Basta observar os episódios em que o Prefeito Municipal foi submetido a inequívoco desgaste, isso para não dizer desprezo do povo de Conquista.

Quem não se lembra da presença do Prefeito de Conquista no estádio de esportes Edvaldo Flores. Foi colocado pra fora por alguns torcedores que o agrediram verbalmente. Agressões essas descabidas, já que não era crítica de natureza política. Os que defenderam a manutenção dos palavrões utiliza um argumento genuíno: Herzem também utiliza palavrões. O pior: investido no cargo de Prefeito.

Quem não se lembra da tentativa do Prefeito em pegar na mão de um taxista na praça Barão do Rio Branco.  Esse se negou em pegar em sua mão, num sinal objetivo de desprezo a figura política do Prefeito Herzem. O surpreendente foi a Barão do Rio Branco virar “ponto turístico” depois do episódio. Todos queriam cumprimentar o motorista pelo gesto numa demonstração de que a rejeição alimenta quase que a totalidade do eleitorado conquistense.

Antes disso, teve a eleição estadual de 2018: Quem convive com o ambiente político sabe que o Prefeito de uma Cidade como Conquista, tem “poder de fogo” de transferir aos seus candidatos 6 a 8 mil votos para Deputado Federal, 10 a 15 mil votos para Deputado Estadual, com alguma variação, é claro. Dependendo de quem se trata, se é filho ou não da terra, enfim.

O Prefeito Herzem, comprometido até o último fio de cabelo com o Deputado Lúcio, ofereceu ao mesmo apenas 1200 votos. Esmeraldino (candidato a Deputado Estadual), que foi traído no decorrer da campanha, acumulou apenas 2300 votos. Gilmar Ferraz (também candidato a Deputado Estadual) teve o verdadeiro apoio do Prefeito. Numa operação que envolveu traições (traiu Sheila Lemos então candidata a Deputada Estadual, traiu Leur Lomanto Jr. então candidato a Deputado Federal), Gilmar viu a sua campanha turbinada por 400 mil reais de recursos de fundo partidário do MDB (Ulysses Guimarães deve tá se mexendo no mar), além de ver os carros dos funcionários de cargos de cargos de confiança da Prefeitura com o seu adesivo. Nada disso resolveu. Gilmar teve pouco mais de 4500 votos em Vitória da Conquista. No Batuque, seu reduto, teve menos votos do que obteve  para Vereador. As digitais do Prefeito foram determinantes para o naufrágio.

Circula nas redes sociais vídeos e com eles é possível mensurar o tamanho a insatisfação. A maneira como a população reage para com o Prefeito em episódios como os de apreensão de vans e fiscalização dos agentes de posturas apreendendo mercadorias pelo centro comercial não surpreende. Os mais econômicos o chamam de “bode velho”, numa clara demonstração que não entregarão mais o seu voto de confiança se o Prefeito ainda pensar em disputar cargo eletivo.

Diante os fatos, o Prefeito e sua equipe insistem em tocar violino em um TITANIC a beira do naufrágio e enxergam a antipatia que sua gestão causou nos munícipes, nos setores da sociedade, na classe política e no eleitorado. Ao Prefeito, parece que a verdade não lhe é suficiente.

Banner Seu Menu (NÃO APAGAR)

banner-seumenu-blitz

manuel-importados