No editorial desta quarta-feira(23) do programa Redação Brasil, da Brasil FM, o radialista Deusdete Dias elencou pontos importantes da ata de transição da gestão do ex-prefeito Guilherme Menezes(PT) para o atual gestor Herzem Gusmão (MDB). Documento que comprova que a prefeitura foi entregue à Herzem totalmente adimplente e com recursos em caixa. Além disso, o radialista destacou também que em cerca de 90% das obras executadas pelo atual governo municipal foram utilizados recursos deixados pela gestão passada, e chamou atenção para a discussão sobre o FINISA II.
Em linhas gerais, o documento comprova que o prefeito Guilherme Menezes encerrou sua gestão com as finanças equilibradas e com a prefeitura adimplente, sem nenhuma restrição. “Apesar das dificuldades financeiras, principalmente após junho de 2016, a prefeitura garantiu todos os serviços prestados, como o de costume, garantiu o pagamento do décimo terceiro dos servidores, a folha de pagamento de dezembro e o terço de férias dos professores. Injetando assim mais de R$ 20 milhões na economia do município”, diz a ata.
Entre outras ações do governo Guilherme destacadas no editoral estão:
- Aplicação o com recurso próprio no SUS de 26% da sua receita, ou seja cerca de R$ 67 milhões
- Garantiu o cumprimento de 26% de recursos aplicados na educação, R$ 35 milhões de reais
- Deixou disponível nas contas de Assistência Social do município cerca de R$ 2, 5 milhões
Já em relação às obras, a gestão petista deixou garantindo:
- R$ 61 milhões do PAC II de mobilidade urbana – recurso para a execução do corredor perimetral, corredores de ônibus e reforma do terminal da Avenida Lauro de Freitas
- Cerca de 4 creches praticamente concluídas. ( Leia mais em: Vereador rebate propaganda da prefeitura e diz que não há novos projetos de creches )
- Entre outras obras que serão elencadas pelo Redação Brasil ao longo da semana.
Segundo a afirmação de Deusdete, praticamente 90% do que Herzem fez até o momento, foi realizado com recursos do governo anterior.
O radialista relembrou também que, mesmo com o recurso deixado, a EMURC- Empresa Municipal de Urbanização precisa de uma subvenção econômica no valor de R$ 3 milhões. Sendo esta aprovada pela Câmara Municipal em julho de 2017. Além disso, Herzem solicitou, em setembro de 2018, o pedido de empréstimo de R$ 45 milhões para a prefeitura através do FINISA (Financiamento à Infraestrutura e Saneamento da Caixa Econômica Federal); a solicitação também foi autorizada pela Câmara.
Não executou as obras e quer mais dinheiro – Apesar dos recurso garantidos, o Governo Herzem está encerrando o seu terceiro ano de mandato com pouquíssimas obras concluídas. “Levou três ano para fazer um pedacinho da Olívia Flores e diz que deu um banho de asfalto. Isso com o dinheiro em mãos”, criticou o radialista. Além disso, podemos destacar também a reforma do terminal de ônibus que não tem previsão de início.
Em relação ao Finisa acontece o mesmo. Como já citado, o empréstimo foi aprovado há um ano atrás. O projeto prevê a pavimentação e drenagem de ruas, a requalificação do aterro sanitário e construção de um parque ambiental. Até o momento, apenas as obras do aterro sanitário e o início da pavimentação do bairro Kadija foram executadas.
Apesar de não ter utilizado quase nada do recurso do FINISA, Herzem solicitou à Câmara a autorização para um novo empréstimo no valor de R$ 60 milhões, e já especulam-se acréscimos no empréstimo, totalizando R$ 100 milhões.
Durante o editoral, Deusdete pede a atenção dos vereadores para o debate do FINISA II. ” A gente deve ou não endividar o município?”, questionou. “Ele[o prefeito] não usa o dinheiro que tem que ser usado e quer mais R$ 100 milhões? Vamos pensar bem”, provocou.
