No programa Redação Brasil desta sexta-feira (25), o vereador Valdemir Dias (PT) reforçou seu posicionamento e ressalvas em relação ao projeto do empréstimo no valor de R$ 60 milhões solicitado pela prefeitura junto a Caixa Econômica Federal. O parlamentar pede mais transparência no projeto e detalhamento na aplicação do recurso. Segundo ele, a Câmara não pode dar um cheque em branco para a prefeitura.
Valdemir conta que o primeiro erro do governo municipal foi solicitar regime de urgência para a aprovação do projeto. “Temos que levar em conta que a Câmara precisa se debruçar primeiro sobre a proposta”, pontuou. “Aprovamos recentemente o empréstimo de R$ 45 milhões, o dinheiro nem foi investido por completo; temos recursos ainda do PAC II, deixado pelo nosso ex-prefeito Guilherme Menezes, a exemplo da Olívia Flores, Perimetral e mais de R$ 5 milhões para reforma do terminal da Lauro de Freitas. Não executou as obra ainda e já pede mais R$ 60 milhões?”, questionou.
Transparência – O vereador relatou também que o projeto foi enviado à Câmara sem a descrição dos bairros que serão contemplados com o recurso e valores aplicados. “Onde será investido esse dinheiro? Quais ruas? Queremos transparência! Não podemos dar um cheque em branco para a prefeitura”, disparou. “A Câmara tem o dever de fiscalizar, não podemos aprovar um projeto às escuras. É preciso que seja tudo documentado”, completou.
Endividamento – Durante a entrevista, Valdemir mostrou-se preocupado com o endividamento do município, caso o projeto FINISA II seja aprovado. “Um coisa é ter o poder de endividamento. Conquista tem crédito porque foi bem administrada ao longo do tempo. Outra coisa é ter crédito e se endividar. Como vamos pagar isso?”, indagou. “Estamos vendo a fragilidade financeira da prefeitura. Está operando lote de transporte público: dinheiro indo pro ralo, orçamento público sendo alterado sem autorização da Câmara; quebra do plano de carreira dos professores: ela primeira vez na história de Conquista não foi repassado o aumento do piso; zero de aumento para o servidor público: nem a reposição inflacionária concedeu; a saúde um caos: atraso no repasse para a Santa Clara, calote nos fornecedores”, citou. “Isso mostra um total desequilíbrio financeiro”, frisou.