O Prefeito Herzem Gusmão Pereira está de férias, mas abriu espaço em sua agenda familiar e recebeu em sua casa a visita dos vereadores Petistas Coriolano Moraes e Fernando Jacaré. Os assuntos eram os Projetos de Lei 14/2019 e 15/2019, de autoria do Executivo Municipal, que autoriza contratação de empréstimo no valor R$ 60 milhões junto à Caixa Econômica, por meio do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa).
A insólita reunião na casa outrora frequentada pelo ex-deputado Lúcio Vieira Lima, para alguns não foi surpresa. Ainda assim, a notícia foi recebida com incredulidade por muitos. Entretanto, Fernando Jacaré acabou confirmando a um blog, alegando que a reunião foi autorizada pelo partido, e pôs fim às dúvidas.
O radialista editorialista Deusdete Dias, âncora do programa Redação Brasil, não deixou passar em branco a excêntrica visita dos petistas e abordou o fato no programa desta terça-feira (29). “Herzem Gusmão, mesmo com pé ferido, o que tem de gente indo na casa do prefeito”.
“Eu tomei um susto ontem quando fiquei sabendo… Eu tenho direito de ser contra eles, nesse momento: O vereador Jacaré e o vereador Cori”
“A pastinha debaixo do braço. Eu conheço Cori. Aquela quantidade de papel, que ele carrega sempre”.
Segundo Deusdete, os vereadores foram convencidos pelo prefeito, na simples reunião: “convenceu, bateu o martelo” e apontou: “A votação que vai acontecer na sexta-feira, já foi decidida, portanto, com os dois vereadores e bateu o martelo”.
Deusdete salientou que muitas desculpas estão sendo inventadas, deixando a entender que seriam argumentos para não transparecer que houve acordo da dupla petista com o Prefeito: “Estão inventando umas querelas, umas coisas, pensando que a gente é besta”.
“Não venha querer enganação agora não… dizer que dobrou o prefeito pra fazer outra reunião com a Caixa”, Disparou Deusdete.
“Eu não estou condenando o empréstimo e a Redação Brasil também não. Mas acho que a casa legislativa tem que ter o seu respeito.”
Diante dos fatos e da suposta negociação, Deusdete questiona: “Como é que fica o PT, o partido dos Trabalhadores? … Qual foi a orientação do partido?”.
A indagação do editorialista faz referência à simbologia da ida dos vereadores a casa do Prefeito, numa demonstração de intimidade ou, pelo menos, alguma proximidade.