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Políticos de esquerda e direita lamentam queda de Mandetta, mas Congresso não deve retaliar agora

Políticos de praticamente todas as cores ideológicas lamentaram a saída do agora ex-ministro da Saúde, o médico e ex-deputado federal Luiz Henrique Mandetta.

A percepção da maioria dos congressistas é de que a troca no comando do Ministério da Saúde no meio da pandemia da covid-19 aumenta os riscos para o país.

A BBC News Brasil conversou nas últimas horas com uma dezena de políticos, a maioria deles líderes de suas respectivas bancadas no Congresso.

Apesar dos temores provocados pela queda de Mandetta, a maioria deles diz que não é hora de o Congresso retaliar o governo por causa da troca. A mudança, afinal, é uma prerrogativa do presidente da República como chefe do Executivo.

Mandetta anunciou sua saída com um post no Twitter. “Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão”, escreveu ele. A publicação do ministro recebeu quase 300 mil curtidas na rede social, até o fechamento deste texto.

Agora, o ministro deve seguir formulando políticas para a área de saúde em seu partido, o DEM. Ele não deverá se tornar secretário de Saúde do Estado de Goiás, apesar de a possibilidade ter sido aventada pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), dias atrás.

No mesmo instante em que Mandetta concedia uma entrevista a jornalistas no Ministério da Saúde para anunciar sua demissão, Bolsonaro chamou a imprensa ao Palácio do Planalto para anunciar a substituição dele pelo oncologista Nelson Teich.

A exoneração de Mandetta e a nomeação de Teich foram oficializadas em uma edição extra do Diário Oficial da União nesta quinta-feira (16/04).

*BBC

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