Nos últimos anos o povo brasileiro tem testemunhado o quanto os sindicatos dos trabalhadores de instituições financeiras fazem barulho, questionando sempre perdas salariais, condições abusivas nas relações entre patrões e empregados (assédio moral), atendimento precário aos clientes etc. Mas, é triste perceber o quanto o poder público trata com desdém estas questões.
Os grupos capitalistas donos de bancos obtém a cada ano recordes de faturamento. O próprio poder público segue padrões semelhantes objetivando lucros com suas instituições financeiras. E estas encontram-se em situação bem pior, pois são constantemente usadas em ações pouco transparentes a benefício de alguns.
E o que isso tem a ver com o cotidiano desta terra? Simples: falta de respeito no atendimento ao público. Ainda na tarde desta sexta-feira (4), a reportagem do Blitz Conquista testemunhou um bom exemplo disso: uma idosa entrou em uma agência bancária no centro da cidade para realizar uma transferência; foi encaminhada por um vigilante para uma fila “preferencial”, e, somente depois de quase meia hora, obteve a informação de que existia um número enorme de pessoas com senha ainda não atendidas. Então ficou evidente que os enquadrados na categoria preferencial estavam sem receber atendimento durante todo aquele tempo. Enquanto isso, a fila normal andava.
Mas esse tipo de descanso com idosos não acontece de agora. Há muito a reportagem do Blitz Conquista recebe esse tipo de queixa. O problema é tão sério que há que diga: “não pego mais a fila de idosos, pois acaba demorando mais”.
Quanto ao desenrolar do que foi presenciado na agência bancária nesta sexta-feira (4), a senhora que citamos só teve o atendimento iniciado às 13:50 e concluído às 14h55, porque teve que esperar um outro tanto para obter uma segunda assinatura autorizando a transferência, pois tratava-se de valor mais elevado.
Um outro cliente idoso, em conversa com a reportagem, informou que se encontrava na agência desde as 12h45, mas o seu atendimento começou às 13h48.
A quantidade de caixas atendendo no horário era de apenas três bancários, mas o número de clientes era considerável. Cerca de 45 pessoas aguardavam atendimento no horário.
Diante de uma situação tão desrespeitosa e, ao mesmo tempo, corriqueira como esta, a sociedade fica a indagar: Por que as autoridades não tomam providências definitivas? Por que o Legislativo Municipal não atua a contento, no sentido de exigir o cumprimento das leis?