Cotidiano Destaque

Sem provas, pastor diz que CoronaVac causa câncer e possui HIV; MP pede responsabilização criminal  

Líder religioso Davi Goés diz que fala foi descontextualizada e acredita ser vítima de Fake News

Reprodução: Facebook

Circulou de forma viral nas redes sociais um vídeo de um religioso dizendo que a vacina chinesa CoronaVac pode causar câncer e possui o HIV dentro dela. Esse vídeo já foi retirado do ar pelo YouTube, por “ferir a política de informações médicas relacionadas à COVID-19″, mas o estrago já tinha acontecido. 

Repercussão 

O Ministério Público já se manifestou sobre o caso pedindo a responsabilização do religioso pelas falas infundadas e sem embasamento científico. 

O que diz o religioso 

Segundo o Diário do Nordeste “Davi Góes cita matérias científicas internacionais que justificam a fala realizada durante o vídeo. O Pastor diz “ter feito uso de seu direito constitucional de liberdade de expressão, emitindo sua opinião pessoal, cabendo a cada um dos membros analisar e ponderar as informações repassadas, inclusive as científicas”. 

O que dizem as autoridades 

Quanto ao discurso, não se pode negar que o religioso tem o direito de falar sobre qualquer assunto. Entretanto, não pode se eximir de responder pelo que diz. 

Para o Ministério Público do Estado do Ceará, o religioso feriu “a lei de contravenções provocando alarde, anunciando desastre ou perigo inexistente, praticando ato capaz de produzir pânico ou tumulto e descumpriu uma lei estadual que responsabiliza quem dissemina notícias falsas relativas à pandemia de Covid-19 regulamentada em maio deste ano” 

Para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), mesmo citando matérias científicas internacionais, o ato de falar para muita gente pode influenciar negativamente pensamento coletivo a respeito da vacina. 

A Promotoria diz em documento encaminhado o pastor fere a Lei Estadual nº 17.207/2020, regulamentada pelo Decreto 33.605, de 22 de maio de 2020 e que trata da responsabilização por fake news relativas à pandemia. 

Até a quarta-feira (16), data de atualização da matéria, o pastor informou não ter sido notificado sobre o assunto. 

 

Com informações do Diário do Nordeste

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