A comissão no Senado vai investigar possíveis omissões do governo federal no combate ao vírus
A instalação da comissão parlamentar de inquérito, a CPI da pandemia, no senado federal, ficou para o dia 27 de abril. Havia a expectativa de que o início da CPI fosse após o feriado, mas os senadores decidiram esticar o prazo. Após um acordo entre os membros da CPI, a presidência da comissão deve ficar com senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas e a vice-presidência com o senador Randolfe Rodrigues, do REDE Sustentabilidade do Amapá. Omar Aziz informou que a comissão não deverá ser politizada.
“A nossa obrigação como gestor é deixar essa questão política. Não tem direita, não tem esquerda, não tem centro. Nós temos que trazer soluções, investigar fatos. Aqueles responsáveis a justiça deve encaminhar o que deve fazer. A CPI precisa sair com um protocolo unificado, em que, do presidente da República ao prefeito de uma cidade, possamos trabalhar todos (em) conjunto unificado, respeitando a ciência. E o governo, ele não tem que se preocupar com quem vai ser relator. Eu acho que o governo pode até contribuir na investigação. O que nós precisamos fazer é esquecer essa questão de que a ou b é melhor do que o outro. Essa CPI não pode e não será, na minha presidência, uma CPI que vai jogar a poeira para debaixo do tapete”.
O estado do senador Aziz, o Amazonas, foi um dos que mais sofreram com a falta de oxigênio para vítimas da covid-19. Além deste caso, A CPI deverá apurar a distribuição de cloroquina, medicamento sem comprovação de eficácia contra o vírus. Entre os alvos da CPI está o ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello e o ex-ministro das relações exteriores, Ernesto Araújo. Porém, a comissão deverá investigar também o uso de recurso federal por meio de estados e municípios. Um relatório do tribunal de contas da união servirá para que os senadores comecem a investigação. De acordo com o TCU, o Ministério da Saúde foi omisso na aquisição de vacinas e outros implementos necessários para o tratamento da covid.