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Frente Integra Sudoeste foi instaurada

Na tarde desta sexta-feira (30), contando com a presença de 24 prefeitos da região Sudoeste da Bahia, a prefeita Sheila Lemos deu abertura aos trabalhos de instauração da Frente Integra Sudoeste, que tem como objetivo trabalhar pelo desenvolvimento econômico integrado dos municípios do Sudoeste da Bahia, como instância suprapartidária (que reúne vários partidos, mas não se subordina a nenhum deles). 

Como foi divulgado no convite para a reunião, “A ideia da Frente Integra Sudoeste nasceu do entendimento entre a prefeita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos, e do prefeito de Guanambi, Nilo Coelho, que é ex-governador do estado da Bahia. Os dois avaliaram que há muitas demandas comuns dos diversos municípios e projetos que, tendo investimentos, resultariam em ganho para toda a região.” 

Em seu discurso, o ex-governador e atual prefeito da cidade de Guanambi, Nilo Coelho, defendeu que “A união faz a força”. Se os prefeitos do Sudoeste se unirem vencerão as dificuldades. Como aconteceu com o país em diversos momentos da sua história. 

Segundo ele, cada prefeito pode ter o seu candidato para deputado federal e estadual, vereador, mas é preciso que se juntem por um objetivo maior que é o desenvolvimento da região. Ele defende, também, que o coletivo de prefeitos se una ao presidente e ao governador. 

Até esse ponto, o mentor político da prefeita de Vitória da Conquista ia bem, mas quando citou que “…caminhamos para uma definição da reeleição do nosso presidente e tem um ditado que diz: “é melhor um doido governando, do que um ladrão roubando”, pôs em xeque todo o discurso suprapartidário vinculado ao projeto. Pois sinalizou, nas entrelinhas, que trabalha pela reeleição de Bolsonaro, e de Neto (?). Sobre o segundo, não ficou claro. 

O ex-governador defendeu que esse coletivo de representantes do executivo das cidades do Sudoeste deve tem como objetivo: 

  • Duplicação da 116 
  • A aceleração e término da FIOL, que anda a passos de tartaruga; 
  • A construção da barragem do Rio Pardo, pois considera que não é admissível que a segunda maior cidade do interior da Bahia sofra com a falta de água. 

E finalizou o seu discurso com frases que resumem a sua ideia sobre o que deve nortear o trabalho dos prefeitos associados à Frente Integra Sudoeste:  

  • Um prefeito, dois prefeitos não têm o peso, mas cem prefeitos têm um peso enorme.” 
  • “Vamos trabalhar juntos. Vamos eleger o nosso deputado federal, estadual. Mas vamos unir com o candidato a presidente e a governador.” 
  • “Quero dizer a vocês: não tenho ambição política mais. A minha idade não permite, mas quero dizer: serei um soldado dessa batalha. Contem comigo, e nós estaremos juntos pra vencer. Vencer o Suoeste da Bahia”. 

Em seguida, foi franqueada a palavra aos palestrantes do evento. 

O prefeito de Petrolina (PE), Miguel Coelho, atual secretário-geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), apresentou os benefícios da integração dos municípios para o desenvolvimento regional, trazendo o exemplo de Petrolina, um dos municípios que mais crescem no Norte e Nordeste e vem experimentando grandes avanços nos últimos anos. 

Logo depois, o professor titular do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Roberto Paulo Machado Lopes, abordou as questões econômicas regionais, as vocações econômicas regionais e o potencial de desenvolvimento da região em conjunto. 

Para o professor,  este é “um evento extremamente importante porque os prefeitos isoladamente eles acabam tendo muita limitação, do ponto de vista de uma ação de transformar a realidade socioeconômica do seu município. Então é muito difícil, você, prefeito de uma região, conseguir reverter indicadores como desemprego, como pobreza. E a união, ela acaba sendo um momento importante, especial, exatamente porque essa reunião pode ser uns um instrumento – não estou dizendo que é, mas pode ser um dos instrumentos para você conseguir reverter essa realidade que é tão adversa. Então, o prefeito realmente ele consegue melhorar a rua, melhorar as condições de vida, mas variáveis que são relevantes (políticas públicas que somente o governo federal quem pode fazer) ele é limitado. Ele acaba tendo essas restrições, limitações de recursos de ordem institucional. E, automaticamente, quando você, unido, cria um agregado com uma quantidade dessa de municípios da região, de uma grande região, de uma região importante do interior do Brasil, você automaticamente cria as condições para tentar e, consequentemente, reverter os indicadores de crescimento econômico. Indicador de desemprego e também de pobreza.” 

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