Em reuniões com os poderes Executivo e Legislativo, o Bom Senso FC prevaleceu.
Não houve hoje nem haverá amanhã a açodada votação como os clubes e a bancada da bola queriam da Lei da Responsabilidade Fiscal do Esporte, e as propostas do movimento ganharam mais chances de serem aprovadas.
Primeiramente os jogadores conseguiram que o deputado Romário (PSB-RJ) se comprometesse a apresentar suas propostas caso estas não venham do Poder Executivo, uma delas no sentido de que haja um órgão fiscalizador independente, além daquelas que punem com rigor quem não cumprir seus compromissos.
Para tanto, os atletas contaram também com o apoio do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) em debate com o relator da lei, o deputado tucano do Rio, Otávio Leite, que achava estar contemplando o BSFC, embora não estivesse.
Outro grupo de jogadores reuniu-se com integrantes do governo, entre eles o secretário de Futebol, Toninho Nascimento, e conseguiu convencê-los da correção de suas propostas.
Na semana que vem, o governo deverá apresentar um novo texto para apreciação das partes.
Tudo indica que a votação ficará para depois das eleições, mas ainda é possível, caso haja um amplo acordo, que se dê na primeira semana de setembro.
Ficou claro, como nunca antes na história deste país, que a organização e mobilização dos jogadores são capazes de barrar os interesses escusos da cartolagem.
Gol do Brasil.
Já está 7 a 2.
É pouco, mas melhor que nada e a pressa, como se sabe, é inimiga da perfeição.
*Uol – Juca Kfouri