Em dias de jogos da Copa do Mundo, a incidência de internações e óbitos por infarto e angina pode aumentar de 4 a 8%. Esses são os resultados de uma pesquisa desenvolvida na Universidade de São Paulo, que mapeou a incidência de eventos cardiovasculares no Brasil em ano de Copa do Mundo. Os resultados do estudo estão publicados online nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia, publicação científica oficial da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em junho de 2013.
Para chegar a essa conclusão, os autores analisaram hospitalizações e óbitos hospitalares por angina e infarto no período de 1º de maio a 31 de agosto dos anos de 1998 a 2010, com o intuito de abranger, aproximadamente, um mês antes e um após o período da realização das copas do mundo de futebol. Entre os anos analisados, a Copa do Mundo ocorreu em quatro momentos: 1998, 2002, 2006 e 2010.
Mesmo levando em conta fatores de risco, como idade, gênero e densidade populacional, o risco de eventos cardiovasculares em anos de copa eram maiores. Isso mostra que a ansiedade e tensão geradas pela partida podem – literalmente – mexer com o coração. Para evitar acidentes graves, é necessário tomar alguns cuidados:
Se a pessoa já possui histórico de risco para infarto, como histórico familiar e pessoal, hipertensão ou diabetes, o ideal é conversar com um médico e combinar uma estratégia adequada para seu caso. É possível iniciar algum tipo de medicação ou então receber orientações para controlar o estresse durante os jogos.
Caso não exista o histórico familiar de doenças cardíacas, mas a pessoa fica muito estressada durante os jogos, o ideal é se preparar para esses momentos com antecedência, fazer exercícios de relaxamento e buscar atividades que tragam tranquilidade. Durante a partida, é importante procurar formas de controlar as emoções, como exercícios de respiração. Evitar tabagismo, bebidas alcoólicas e alimentação rica em sódio e gorduras também são recomendações.
*Com informações do MSN-Minha Vida.