O presidente Nacional do PSB, Roberto Amaral, antecipou, na sede do PSB no Recife, após encontro com lideranças locais, o nome de Marina Silva como candidata da aliança PSB-Rede em substituição ao nome de Eduardo Campos.
No mesmo evento, Amaral confirmou ainda o nome de Beto Albuquerque como candidato a vice, conforme antecipou o Blog de Jamildo, nesta segunda e terca.
“Nós escolhemos fazer este anuncio aqui em Pernambuco em homenagem a Arraes, em homenagem a Eduardo, em homenagem a Renata e homenagem a Paulo Câmara, o nosso candidato a governador, em cuja eleição nós nos empenhamos fortemente. A eleição estadual aqui adquire um caráter nacional. Está sendo encarada nacionalmente pelo partido com essa característica”, explicou Amaral.
Beto Albuquerque disse que estava muito honrado de receber a ‘missão’.
“Saímos daqui animados, mas com uma tarefa. A tarefa de completar a caminhada que o Eduardo começou e acima de tudo mudar esse país, que parou de melhorar, parou de crescer, voltou a conviver com a corrupção em alta escala, com poucos resultados, muitas promessas, contas públicas desequilibradas e ameaça de empregos. Não vamos deixar a peteca do Brasil que melhorou, que se desenvolveu cair”.
“Vamos pelo Brasil todo mostrar que quem fez em Pernambuco tem que continuar fazendo e quem fez em Pernambuco tem que fazer também pelo Brasil. O PSB está 100% unificado em honrar este legado de Eduardo Campos”.
Além do prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), também participou da reunião o candidato ao governo do Estado pela Frente Popular, Paulo Câmara, indicado por Eduardo Campos.
No encontro, os líderes nacionais do PSB acertaram ainda que o lançamento oficial da nova chapa nacional será realizada aqui no Recife, no próximo sábado ou domingo, com a presença de Marina e Beto Albuquerque. A escolha do Estado de Pernambuco é uma deferência especial a Eduardo Campos. De quebra, ainda ajudam a campanha de Paulo Câmara, que agora virou uma das prioridades nacionais do PSB.
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Quais as razões para a sua escolha?
Ele também tem uma boa relação com Marina, ao contrário de Roberto Amaral. Quando Eduardo Campos morreu, ele foi o único que Marina Silva recebeu em São Paulo.
Elas são sentimentais, mas sobretudo pragmáticas.
Beto Albuquerque era vice-presidente do PSB e um dos três homens que formavam o tripé de confiança de Eduardo Campos.
Os outros dois eram Márcio França e Rodrigo Rollemberg.
O primeiro é candidato a vice na chapa de Geraldo Alckmin, com boas chances de vitória, já que o tucano está liderando as pesquisas.
Rollemberg é candidato a governador no Distrito Federal, com boas chances de ir ao segundo turno com o petista Agnelo Queiroz, considerando que o candidato do PR, Roberto Arruda, impugnado, deve ser retirado da disputa pela Justiça Eleitoral.
Outro motivo que tira o senador das especulações é o fato da candidatura bem ser uma das prioridades de Eduardo. A capital do Brasil tinha um gosto especial para Campos, pois foi lá que ele viveu durante 12 anos e exerceu três mandatos como deputado federal.
Já o deputado federal gaúcho Beto Albuquerque é candidato ao Senado, com 10% das intenções de voto. Com a sua oficialização, o jogo político no Estado do Rio Grande do Sul será alterado. A sua retirada da disputa gaúcha, assim, seria plenamente justificada, em função de uma disputa maior.
Também pesa a favor de Beto Albuquerque o tempo de militância dentro do PSB. Ele filiou-se nos anos 80 e concorda sem restrições aos posicionamentos de Eduardo Campos.
Foi o deputado Beto Albuquerque que escreveu e fez a resposta à nota publicada no perfil do PT, no Facebook, dizendo que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), não tinha credibilidade política e se referindo ao socialista como playboy mimado pelo “lulo-petismo”, Na época, o líder do PSB na Câmara dos Deputados, rebateu às críticas classificando-as como “covardes e despolitizadas”.
Após a coletiva, Beto Albuquerque dirigiu-se a paróquia de Casa Forte, onde acompanhou a missa de sétimo dia realizada pela família Campos.
O não de Renata Campos
Sobre Renata Campos, Roberto Amaral disse que seria a candidatura dos sonhos, a candidatura da unanimidade.
“Ela, porém, declinou do convite, emocionada, principalmente com os apelos que ela recebeu nas ruas da população, das pessoas pobres, que estavam chorando, acompanhando o félitro, agradece as manifestações de apreço, mas no momento a prioridade dela é cuidar da família e dedicar-se à campanha do Paulo, dedicar-se a esse esforço que nós estamos fazendo aqui e que ela está fazendo, de realizar o sonho do Eduardo, que foi quem construiu essa candidatura e que sonhava com a sua vitória”, disse Amaral.
“Antes de ser cogitado por nós, foi cogitado pela população do Recife, que a admira, a candidatura da companheira Renata Campos a vice-presidência”.
*Uol