Política

Vazamento de delação é tentativa de contaminar eleição, diz ministro

O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) classificou neste domingo (7) o vazamento do depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, incriminando políticos da base aliada de receberem propina, como uma tentativa de “mudar o rumo” da campanha eleitoral.

“Acho que estão tentando usar essa delação premiada [de Costa], a notícia parcial de vazamento não confiável, para tentar, um pouco no desespero, mudar o rumo da campanha. Vazamento sempre é condenável, porque pode ter sido por advogado de réu para proteger algum réu e prejudicar outro”, disse Carvalho após o desfile de Sete de Setembro, em Brasília.

 Para ele, porém, as denúncias que envolvem políticos dos partidos do PT, PMDB e PP não serão capazes de interferir no “destino da eleição”.

Segundo reportagem da revista “Veja”, divulgada no sábado (6), o ex-diretor da Petrobras, em depoimentos ao Ministério Público Federal, disse que três governadores, seis senadores, um ministro e, ao menos, 25 deputados federais de partidos da base aliada foram beneficiados com dinheiro desviado de contratos superfaturados da estatal.

Assim como a presidente Dilma já havia dito, Carvalho reiterou que as denúncias, por enquanto, não têm “comprovação” e que, por isso, o governo não pode tomar qualquer providência.

“O governo não pode tomar conhecimento de uma denúncia que, insisto, por enquanto, é sem nenhuma comprovação, sem nenhum fundamento. O fato de uma pessoa ser mencionada sem nenhuma prova não pode nos levar a tomar nenhuma atitude”, disse. “Não podemos julgar as pessoas enquanto não houver de fato a comprovação ou, no mínimo, a denúncia inteira, suas circunstâncias, seus aspectos, assim por diante.”

Entre os deputados citados, estão o petista Cândido Vaccarezza e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Entre os governadores citados, está o ex-candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB), morto no último dia 13 de agosto em acidente aéreo. *Uol

1 comentário

Clique aqui para deixar um comentário
  • A mesma reação que teve o governo Lula na época do mensalão tem agora o governo
    Dilma. Os nomes citados são velhos conhecidos do povo. Tudo indica tratar-se de
    um novo mensalão cujo montante desviado pode superar e muito o anterior. Esse ex-diretor tem muito a esclarecer, é um verdadeiro arquivo. Não tem eleição que mude esse sistema, somente o povo nas ruas mudará essa triste realidade.

Banner Seu Menu (NÃO APAGAR)

banner-seumenu-blitz

manuel-importados