Jorginho chorou. O treinador liderou uma reação improvável, mas falhou na missão mais difícil da carreira: livrar o Vasco do rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro. O sentimento do treinador era evidente na entrevista ocorrida depois do 0 a 0 com o Coritiba, no Couto Pereira. As lágrimas do comandante da nau vascaína simbolizaram a tristeza de um grupo que tentou, mas não apagou o péssimo início de competição.
“O sentimento é como se a gente tivesse perdido alguém da família, é uma dor muito grande. Queria pedir desculpas ao nosso torcedor, que nos apoiou em todos os momentos. Se existe algo em que foi positivo, além da entrega dos jogadores em todos os momentos, foi acreditar do trabalho que tivemos; o torcedor abraçou esta equipe”, discursou o treinador vascaíno.
Geralmente tranquilo e com uma voz paciente nas entrevistas, Jorginho não escondeu a tristeza. Conforme passaram-se os minutos e as perguntas, as lágrimas surgiram, e o técnico vascaíno não as escondeu.
“Chegar com possibilidades de sair, isso tem muito a ver com o torcedor, que abraçou a equipe. A vida continua, são experiências que nos fazem melhores profissionais. Nosso caráter foi lapidado em todo esse período. Todos devem realmente sair de cabeça erguida porque fizemos o nosso melhor. Continuamos nossa vida profissional e vamos procurar fazer o melhor”, acrescentou.
“Entreguei tudo o que tinha de conhecimento do futebol. Acumulei experiência na seleção, e não faria nada diferente, os jogadores fizeram o melhor, tenho que agradecer aos jogadores”, concluiu o comandante do terceiro rebaixamento vascaíno à Série B do Campeonato Brasileiro.
O empate sem gols deixou o Vasco com 41 pontos depois de 38 rodadas de Série A. O Figueirense, que venceu o Fluminense neste domingo por 1 a 0, chegou aos 43 e se salvou do rebaixamento. Além dos cariocas, Avaí, Goiás e Joinville caíram para a segunda divisão do futebol nacional.