Maria de Lurdes Paiva Correia, 80, moradora do povoado Cachoeira dos Porcos – distrito de Iguá – está muito feliz com a chuva que tem caído em toda a região. Todos os seus tanques estão cheios. Mas, a felicidade de dona Maria Lurdes só não está completa porque ela está com dengue.
“Tive febre, dor de cabeça, dor nas juntas e manchas vermelhas, mas já estou melhor”, conta dona Maria que recebeu esta semana a visita dos agentes de endemias em sua casa. Eles trataram os reservatórios existentes no local e orientaram quanto aos cuidados para a eliminação das larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e Chikungunya.
Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) do Governo Federal, os pluviômetros marcaram 169,4 milímetros de chuva na última semana – quantidade 30% acima do esperado para o mês de janeiro. A notícia é muito boa, principalmente, para quem mora na zona rural e depende da chuva para a plantação e criação de animais.
Mas é preciso ter cuidado com os reservatórios de água, na zona rural, para evitar a proliferação do mosquito. “Os cuidados na zona rural são os mesmos. Os reservatórios de água devem ficar tampados e a água das vasilhas dos animais devem ser trocadas todos os dias”, alerta a coordenadora de Endemias, Poliana Gonçalves, durante visita ao povoado nessa terça-feira, 26.
Assim como na zona urbana, os moradores de distritos e povoados recebem a visita dos agentes de endemias para a orientação e tratamento dos possíveis criadouros do mosquito em suas residências durante todo o ano, seguindo cronograma.
Números da dengue – Até o dia 26 de janeiro, foram notificados 222 casos suspeitos para dengue, 5 de Zika e uma suspeita para Chikungunya. Todos aguardam o resultado.
Se você tiver, algum dos sintomas provocados pelas doenças, como febre alta, manchas vermelhas e dores por todo o corpo, coceira e dor atrás dos olhos, procure a unidade de saúde mais próxima.