A demora para inauguração do novo presídio de Vitória da Conquista tomou repercussão nacional. Há mais de um ano que a unidade já deveria estar funcionando, entretanto, o “elefante branco” está lá, vazio. Porém, quando em funcionamento a nova unidade prisional poderá trazer alívio para o judiciário, mas um grande problema aos Conquistenses e cidades vizinhas. Quando o Governo anunciou o novo presídio, a primeira intenção era fechar o Nilton Gonçalves, mas a história mudou e o Nilton não será extinto e muitos detentos de Jequié, que são originários da vara de Conquista, cumprirão pena na nova unidade. Mesmo com essa mudança, tudo parece que vai melhorar para população da região sudoeste. Ledo engano! A médio e longo prazo o novo presídio gerará aumento no índice de violência local. A criminalidade tende ficar próxima de onde estão encarcerados os seus chefes. Os que estão fora sustentam as famílias dos que estão lá dentro, consequentemente os roubos, sequestros e homicídios ficam mais próximos dos presídios, principalmente daqueles que são para cumprimento de pena. Como o Nilton Gonçalves é para suspeitos que aguardam a sua sentença, ele é considerado de “passagem”, o que o outro não deve ser.
Se não houver uma política dos Governos Estadual e Municipal de assistência social e trabalho de segurança comunitária nas comunidades próximas ao novo presídio Conquista estará caminhando para tornar-se uma cidade extremamente violenta e sem um possível retorno. Isso ocorreu em Eunápolis e Jequié. Em Conquista, se não houver intervenções, não será diferente.
Projeto desde 2006, continuado em 2009 e pronto deste 2014, gastos mais de 33 milhões dos cofres estaduais, concursados de 2014 aprovados e esperando inauguração da nova penitenciaria e o governo fica só abrindo licitação para terceirização de todo funcionário, rasgando toda a CF/88 e leis adjacentes… Aguardamos uma solução imediata Governo Baiano.