Ex-ponta-esquerda do Santos Futebol Clube, José Macia, conhecido como Pepe, lamentou a morte do amigo, ex-lateral e estrela do tricampeonato da seleção brasileira da Copa do Mundo de 1970, Carlos Alberto Torres. O ex-jogador, que atuava como comentarista esportivo em emissoras de TV por assinatura, faleceu na manhã de hoje (26) no Rio de Janeiro, vítima de um infarto. O velório será realizado no prédio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na zona oeste da cidade.
Em entrevista ao Programa Bate Bola, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, Pepe disse que o ponta-esquerda, conhecido como Capita desde a época em que jogou no Santos, era um jogador brilhante. “Sempre comentava que Carlos Alberto Torres tinha sido o melhor jogador de todos os tempos”, disse sobre o colega, que foi seu “pupilo” no time santista.
“O Santos, quando o contratou, pagou uma fortuna. Normalmente um lateral não custava tanto”, revelou. “Mas ele chegou e tomou conta. Depois, com a saída do Zito, se tornou o capitão, tinha moral muito grande, pedia a palavra aos treinadores e, muitas vezes, ajudou, interferiu e pediu força aos companheiros. A gente sempre podia contar com o Carlinhos, ele era extraordinário”.
Exemplo do talento de Carlos Alberto em campo foi atuação acachapante final da Copa do Mundo de 1970, quando ele marcou o quarto gol da vitória da seleção, contra a Itália, no México. O passe, na ocasião, foi de Pelé, com quem o jogador também atuou no New York Cosmos, nos Estados Unidos, antes de pendurar as chuteiras e virar treinador – profissão que também lhe rendeu títulos.
Com a vitória na Copa, Carlos Alberto, que era o capitão, foi quem levantou e beijou a Taça Jules Rimet, que ficou com o Brasil depois de a seleção ganhar três campeonatos.
“Sua atuação, sua história foi brilhante”, reforçou o amigo. “Carlos Alberto Torres foi um líder nato, respeitado por companheiros, adversários, amigos”, completou.
*Agência Brasil