Em assembleia na tarde dessa quarta, 15, os professores da rede municipal de ensino de Vitória da Conquista decidiram aderir a greve nacional por dez dias. O movimento protesta contra a reforma da previdência proposta pelo Governo Federal.
Leia a nota;
Os profissionais da educação municipal aprovaram na tarde desta quarta-feira (15/03) a adesão à greve nacional, proposta pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Com as atividades paralisadas desde a manhã de hoje, a categoria se reuniu em assembleia, na Câmara Municipal de Vereadores, onde decidiu pela continuidade do movimento que, conforme proposta da Confederação, terá a duração de dez dias.
Embora com as atividades escolares suspensas, os profissionais estarão nas unidades de ensino na manhã desta quinta-feira (16/03) para comunicar aos pais os motivos do movimento, sendo que, a partir do turno vespertino, escolas e creches estarão fechadas.
A paralisação foi motivada frente a insatisfação dos profissionais para com a reforma da previdência, que retira direitos dos trabalhadores, aumentando a idade mínima para a aposentadoria, e o não cumprimento integral da lei do piso salarial do magistério.
Assim como nos demais estados e municípios brasileiros, os educadores de Vitória da Conquista realizaram uma manifestação, junto a outras entidades e movimentos sociais, para que os políticos se conscientizem e não aprovem projetos que prejudicarão absurdamente a vida do povo brasileiro. A ação foi realizada no período da manhã, tendo início na Praça Nove de Novembro, seguindo para a Prefeitura, Câmara Municipal de Vereadores e encerrando na Avenida Lauro Freitas, onde o transito foi temporariamente bloqueado.
Como também estão iniciando a Campanha Salarial, os docentes aproveitarão a oportunidade para entregar ao governo municipal a pauta de reivindicações da categoria, que tem como um dos principais pontos de discussão a reformulação do plano de carreira dos professores e a criação do plano dos monitores.
“Não é a toa que estamos entrando nesse movimento. Estamos diante de um cenário bastante preocupante, porque não estamos apenas lutando para conquistar novos direitos, mas para não perdermos o que historicamente conquistamos, a base de muita luta”, explicou a presidente do SIMMP, Arlete Dória.
A partir desta quinta-feira será divulgada a agenda de atividades que serão realizadas durante esses dez dias.