Obra feita por ACM Neto na Barra, sempre foi citada por Herzem Gusmão Pereira como exemplo.
Citadas na delação da Odebrecht à Lava Jato, as obras de revitalização na orla do bairro da Barra custaram R$ 4,4 milhões a mais do que o valor previsto. A informação é do ex-diretor da empresa na Bahia André Vital Pessoa de Melo, segundo quem houve “irregularidades” no processo de licitação vencido pela empreiteira. Cartão-postal de Salvador, a área passou por requalificação entre os anos de 2013 e 2014.
Com um custo inicial previsto em R$ 57.705.106, a obra recebeu aditivo contratual, em 5 de maio de 2014, e acabou ficando por R$ 62.169.825,81 – ou seja, R$ 4.464.719,81 a mais que o orçamento original.
Além de mencionar as supostas irregularidades que resultaram no “reajuste” nos valores originalmente contratados para a execução da obra, o ex-diretor da Odebrecht apresentou documentos que comprovariam sua denúncia, mas o teor do material anexado aos autos não foi ainda tornado público.
Lava Jato – Relator da Operação Lava Jato no STF, o ministro Edson Fachin encaminhou o caso à Justiça Federal da Bahia. O órgão vai decidir se abre um processo de investigação, se anexa a um inquérito já em curso ou se arquiva o processo. Na última terça-feira (21), o Ministério Público da Bahia anunciou a abertura de inquérito para apurar denúncias de superfaturamento no projeto de requalificação, mas negou relação com as delações da Odebrecht.
De acordo com a Prefeitura de Salvador, o aditivo foi decorrente da alteração do projeto original – devido à realização de serviços complementares em razão de intercorrências registradas durante a execução dos trabalhos – e é amparado pela legislação vigente. Quanto à licitação que resultou na escolha da Odebrecht, o Município informa que atendeu aos requisitos legais, na modalidade Regime Diferenciado de Contratação Integrado.
Odebrecht – Por meio de nota, a Odebrecht informa que entende ser de responsabilidade da Justiça a avaliação de relatos específicos feitos pelos seus executivos e ex-executivos. Disse também que está colaborando com a Justiça no Brasil e nos países em que atua e que já reconheceu os seus erros, pediu desculpas públicas, assinou um Acordo de Leniência com as autoridades brasileiras e da Suíça e com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Com informações do G1.